O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) revelou a extensão da greve ao trabalho suplementar até ao dia 1 de janeiro de 2019 e ainda a abstenção da prestação de "todo e qualquer trabalho durante as terças e quintas-feiras", no porto da Figueira da Foz.
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"Face à recente constatação de violações muito graves ao Código do Trabalho", todas as terças e quintas-feiras o porto da Figueira da Foz encontrar-se-á em total abstenção ao trabalho dentro do período de greve assinalado, "considerando-se que cada um destes dias tem início às 8 horas e termina às 8 horas do dia seguinte", sendo esta uma situação específica.
O SEAL esclarece que os fundamentos determinantes à convocação da greve remetem para o facto de as empresas portuárias "protagonizarem e induzirem" comportamentos que configuram diferentes tipos de "assédio moral, perseguição à coação, suborno à discriminação, ameaças de despedimento e chantagem salarial", que são frequentemente para "benefício próprio de alguns agentes no terreno em detrimento da qualidade e produtividade dos serviços prestados nos portos, precarização da mão-de-obra portuária e brutal aumento dos níveis de sinistralidade".
Os portos que cumprirão a greve ao trabalho suplementar serão os de Leixões, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal, Praia da Vitória e Ponta Delgada.
Nos portos do Caniçal e da Praia da Vitória, a greve incidirá "sobre todo e qualquer trabalho, em todas as operações, independente do período, a partir do momento em que a entidade empregadora coloque a trabalhar funcionários que não se dedicam à estiva".
A extensão da greve ao trabalho suplementar até ao dia 1 de janeiro de 2019 foi quinta-feira aprovada pelo sindicato em Plenário Nacional de Estivadores, no Largo de São Paulo, em Lisboa, realizado antes da manifestação nacional que decorreu entre o Cais do Sodré e a Assembleia da República.