É votada, na próxima reunião de Câmara do Porto, o envio para discussão pública da proposta para a operação de loteamento em Lordelo do Ouro. O objetivo é construir cinco novos edifícios habitacionais destinados ao mercado de arrendamento acessível "com comércio ou serviços" nos pisos térreos, num total de 291 fogos.
Corpo do artigo
Na proposta, à qual o JN teve acesso, pode ler-se que "a área de intervenção, pelas suas características, arruamentos com enorme importância (ruas de Diogo Botelho e da Pasteleira), constitui uma oportunidade de transformar e revitalizar esta área urbana da cidade, contribuindo para a resolução dos problemas existentes de insegurança civil e social".
Isto porque, a este projeto está associada "uma intervenção na área ocupada pelos dois bairros de habitação social (bairro de Pinheiro Torres e bairro de Lordelo)".
"Esta operação de loteamento, para além da construção de cinco novos edifícios habitacionais, cria um trecho urbano qualificado com espaços públicos associados à requalificação ambiental e paisagística da área a intervencionar e da sua envolvente imediata, concretizando a ligação viária direta da rua do Campo Alegre com a rua da Pasteleira prevista no longínquo Plano Auzelle e considerado no atual Plano Diretor Municipal em vigor", acrescenta o documento, assinado pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha.
Um dos edifícios terá 15 andares
A construção destes edifícios será feita em altura, "com a contrapartida de libertação de solo". Um dos quais terá um total de 15 pisos: "Trata-se de um edifício em situação de remate visual da rua do Campo Alegre e de gaveto das ruas de Diogo Botelho e da Pasteleira, perfeitamente integrado no conjunto edificado em que se insere, nomeadamente com o volume do estabelecimento hoteleiro vizinho com frente para a rua de Serralves".
Os restantes edifícios a construir terão 4, 5, 7 e 14 pisos, com lugares de estacionamento em pisos abaixo da cota soleira. No total, o mercado de arrendamento acessível do Porto contará com 291 novos fogos.
Entre os objetivos desta operação está o de "contrariar a segregação urbanística, funcional e social desta área, promovendo a sua abertura à cidade, em termos morfológicos e funcionais, revertendo as situações de vias sem saída existentes e propondo a criação de uma rede de percursos pedonais articulada com a envolvente".
Ou seja, a proposta "prevê a constituição de nove lotes, sendo que cinco correspondente aos lotes destinados à criação de habitação coletiva, com comércio ou serviços ao nível dos pisos térreos, e os restantes quatro correspondem aos blocos de edifícios de habitação existentes e que pertencem ao parque habitacional do município para a renda apoiada".