A Câmara do Porto vai aprovar, na reunião de segunda-feira, o envio à Assembleia Municipal do plano estratégico de reabilitação urbana de Azevedo, em Campanhã, para ser apreciado e submetido a votação. O projeto, a desenvolver ao longo de dez anos, prevê um investimento próximo dos 105 milhões de euros.
Corpo do artigo
Dividido em nove tipos de intervenções, o plano deve arrancar já em 2024 e tem entre as obras prioritárias uma série de ligações viárias, através do reforço da rede ou da construção de novas vias estruturantes. O objetivo é eliminar obstáculos de mobilidade daquela zona com o resto da cidade e com o concelho vizinho de Gondomar.
Neste âmbito, destacam-se a via estruturante para ligação da Rua do Freixo à rotunda do Ribeirinho, um eixo urbano complementar de ligação da Granja ao nó das Areias e uma via alternativa à Rua da Senhora da Hora, com o objetivo de tornar mais fluída a circulação dos autocarros.
Nos documentos que suportam a execução e dão enquadramento a esta operação de reabilitação urbana, é referido que as citadas intervenções viárias têm "forte incidência na conetividade interna" e resultarão "em melhores condições de acesso aos modos de transporte ativos".
Além das novas vias, estão previstas a requalificação de ruas em diversos núcleos urbanos, a criação de redes pedonais inclusivas e o melhoramento de praças e largos.
Entre as prioridades estão ainda a elaboração de um estudo para o reordenamento e a qualificação urbana, que deverá ficar concluído em 2026, a reabilitação de casas e lhas degradadas e do campo de futebol juvenil da Associação Branco e Negro Vitória e Campanhã (Rua da Levada) e também a extensão da unidade de saúde familiar de Azevedo Campanhã, em parceria com a junta de freguesia.
No que diz respeito à requalificação ambiental e paisagística, estão previstas melhorias nos vales dos rios Tinto e Torto e na frente ribeirinha, neste caso com a criação de espaços verdes de fruição pública na envolvente da marina do Freixo.
O financiamento do plano reparte-se entre investimento público, investimento privado (a maior fatia, a rondar os 66 milhões de euros) e, ainda, público-privado.
No leque das obras a executar a longo prazo estão as vias complementares à futura linha de metro, entre o Dragão e o centro de Gondomar. O plano prevê também ações de âmbito social, em que se inclui, por exemplo, a dinamização de um fórum de cidadania.