A Páscoa foi passada no Mónaco e não faltou o cabrito à portuguesa.
Corpo do artigo
Henrique Pereira passou a fronteira entre o Mónaco e a Itália, na manhã desta quinta-feira. Amanhã, faz seis meses que o caminheiro partiu de Guimarães para dar a volta à Europa, passando por 40 países, ao longo de 28 mil quilómetros. Até agora, já percorreu mais de 3 100 quilómetros, passando por Espanha, França, Mónaco e agora Itália.
Depois de passar a Páscoa no Mónaco, onde recebeu a visita do pai e de um amigo, Henrique Pereira (Ricky Odissey, nas redes sociais) entrou, na manhã desta quinta-feira, em território italiano. Nos últimos dias, teve oportunidade de matar saudades de amigos e familiares. “O meu pai veio da Suíça para passar a Páscoa comigo e tenho um amigo que está a tentar visitar-me, a cada três meses, na cidade onde eu estiver. Já esteve em Marbella e agora em Nice e no Mónaco”, conta o caminheiro.
No almoço de Páscoa do aventureiro vimaranense, não faltou o tradicional cabrito, comido no “Cantinho da Saudade”, um restaurante português no Mónaco. Em Menton, cidade francesa encostada à fronteira com Itália, Henrique Pereira encontrou um amigo da sua freguesia que está ali a trabalhar. Foi também naquela localidade que teve oportunidade de conhecer o benemérito - um emigrante, também originário de Guimarães que quer ficar anónimo - que lhe ofereceu o carrinho que agora está a usar, depois de o anterior ter cedido.
Itália é um dos países (no total vai visitar 40) em que o português vai passar mais tempo. “Devo demorar entre quatro a cinco meses por aqui”, afirma. Segue agora para San Remo, Turim, Milão e depois desce a península até Roma, onde espera ser recebido pelo Papa. No percurso de volta, para norte, passará por Veneza e daí segue para a Eslovénia. Quando deixar a Itália para trás, já terá cerca de cinco mil quilómetros nas pernas, 1800 deles neste último país.
Riicky Odissey está determinado a continuar esta jornada de quatro anos e 28 mil quilómetros sem interrupções. “Queriam vir-me buscar para ir ao casamento da minha prima, mas eu já disse que não é possível. Ir a Portugal e retomar do mesmo ponto, já não seria a mesma viagem, está fora de questão”, indica.