"Mais seguros e protegidos". É este o sentimento da população da aldeia de Vila Alva, concelho de Cuba, depois da abertura do novo posto da Guarda Nacional Republicana (GNR), 15 meses após o encerramento das antigas instalações, face ao elevado valor da renda do edifício.
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O encerramento ocorreu no dia 31 de março de 2017, na sequência de um pedido de 1500 euros mensais pelo aluguer do espaço. O Comando Geral da GNR fez uma avaliação e contrapôs 680 euros, o que não foi aceite, tendo sido deslocado para Vila Alva um posto móvel para mitigar o problema.
Logo depois, e em sintonia com Comando Territorial de Beja (CTB) da GNR, a Junta de Freguesia e a Santa Casa da Misericórdia (SCM) de Vila Alva e a Câmara Municipal de Cuba, chegaram a acordo para a cedência de uma casa de habitação devoluta, propriedade da SCM, que recebeu obras de adaptação, no valor de cinco mil euros, sem custos para a Guarda.
As novas instalações localizam-se na Rua 25 de Abril, junto à praça central da aldeia, onde a GNR passou a ter reunidas todas as condições para o regresso efetivo do posto a Vila Alva, que contará com quatro militares efetivos.
"Foi celebrado um protocolo para a cedência das instalações, válido por um ano e renovado automaticamente", revelou ao JN, João Santos, presidente da SCM de Vila Alva, que justificou tratar-se de "ser útil à sociedade e contribuir para a tranquilidade da população", rematou.
Vila Alva é uma freguesia com pouco mais de 400 pessoas, a maioria idosas, e a reabertura "é uma mais-valia para a segurança de pessoas e bens, num processo com muitos entraves", justificou José Pacheco, presidente da Junta de Freguesia. Por seu turno, João Português, presidente da Câmara de Cuba, destacou "a cooperação" entre todas as partes. "Quando fecham em outros lados aqui reabriu. É um bom exemplo", rematou.
O coronel Ilídio Canas, comandante do CTB, justificou que "é importante estar junto das populações e a reabertura do posto foi sempre um objetivo. As pessoas perceberam que a Guarda faz parte da terra. Nunca descuidámos este projeto", garantiu.
No centro da praça fica o snack-bar Navegador e a sua proprietária Zulmira Pereira é uma cidadã e uma empresária feliz: "Houve alguma insegurança na terra. Tenho a casa aberta durante a noite e sinto-me mais segura e respeitada".
Ao JN o comandante da GNR assegurou que os novos postos de Serpa e Barrancos, "vão ser uma realidade a breve prazo", rematou.