“Lançar para Salvar” é o nome do projeto que consiste em 50 boias circulares com uma corda de 36 metros, instaladas ao longo de toda a costa na Póvoa de Varzim. O objetivo é ajudar nos salvamentos no mar. Foi um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo Jovem (OPJ), a par do SkatePark na Escola Rocha Peixoto.
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São 50 boias circulares com uma corda de 36 metros que estão, agora, instaladas ao longo de toda a costa poveira. Em cada kit há ainda conselhos úteis e contactos de emergência. “Lançar para Salvar” venceu o OPJ em 2023. Nasceu pela mão de Alexandre Galiza, André Peixoto, Isaac Moreira, Maria Ferreira e Ricardo Rosmaninho, todos nadadores-salvadores ou bodyborders.
“Sensibiliza as pessoas, pode ajudar no salvamento e tem todos os contactos da equipa de nadadores-salvadores d’Os Golfinhos, que, fruto do protocolo com a Câmara, vigiam as praias o ano inteiro”, explica Alexandre Galiza.
“Tem havido muitos incidentes fora da época balnear, sobretudo com turistas, e estes equipamentos podem fazer toda a diferença”, afirma o presidente da Câmara da Póvoa, Aires Pereira, satisfeito por ver que, até agora, todos os projetos do OPJ foram “de intervenção pública”, incluindo o SkatePark. O desafio é para continuar e todos os anos tem 30 mil euros destinados.
Adrenalina do skate
“É um orgulho! Não imaginei que ia ser tão rápido. Fiquei mesmo feliz!”, diz Lara Palomeque. Em 2022, Lara juntou-se a Isabela Gomes e Margarida Marinheiro e concorreu ao Orçamento Participativo Jovem da Póvoa. Queriam construir um SkatePark na Escola Secundária Rocha Peixoto. Ganharam. E o SkatePark chegou. É a segunda vez que a escola recebe investimento, fruto de candidaturas dos mais novos, “uma forma de desenvolver outras competências” que o diretor, Luís Fabião, aplaude.
“Só vocês é que têm a visão daquilo que vos faz falta”, frisa o autarca Aires Pereira, satisfeito com os “frutos” de um projeto que lançou, em 2017, com o objetivo de “dar voz à juventude”.
Em 2021, a Escola Rocha Peixoto ganhou com o “Xeque-Bike”. O projeto permitiu comprar equipamentos relacionados com o xadrez e construir um abrigo para bicicletas. Agora, os jardins da escola ganharam um espaço para a prática do skate.
“Permite-nos continuar este trabalho de substituir os ecrãs dos telemóveis, neste caso pela adrenalina do skate, pelo convívio ao ar livre e pela prática de um desporto que acaba por ser sinónimo de liberdade e de expressão”, continua o diretor.
Para Adosinda Martins e Fátima Carvalho, as duas professoras que orientaram as três jovens vencedoras, a experiência foi “muito positiva”. “A ideia partiu delas. Fomos trabalhando o projeto em Educação para a Cidadania, mas também em Ciências Naturais, abordando o meio ambiente, as espécies que temos no jardim, os estilos de vida saudáveis”, conta Fátima Carvalho.
Depois, prossegue Isabela, foi “promover o projeto, espalhar panfletos, apelar ao voto” para que o projeto fosse o mais votado. Dois anos depois, obras feitas e parque inaugurado. “Agora, motiva outros a concorrer”, termina Isabela, sorrindo.