A Praça Martim Moniz, em Lisboa, foi, esta quarta-feira, alvo de uma limpeza profunda, após meses a acumular entulho e “um cheiro a urina e fezes nauseabundo”, segundo trabalhadores da zona, que têm feito “várias queixas” à Câmara de Lisboa.
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A autarquia garante, contudo, que a limpeza tem sido realizada “quinzenalmente” e que “a praça tem sido sujeita a uma pressão adicional, pela presença de pessoas em situação de sem-abrigo e a montagem do estaleiro de apoio às obras a realizar no local”.
Nos últimos meses, acumulou-se “muito lixo” na Praça Martim Moniz, a zona mais multicultural da capital e visitada por turistas durante todo o ano. Com cada vez mais pessoas a frequentarem a praça e ali pernoitarem, o cheiro a urina e fezes tornou-se “insuportável”, levando a várias reclamações. Segundo alguns trabalhadores da zona, só esta quarta-feira terá sido feita “uma limpeza a fundo”.
“Fazemos queixas desde janeiro. O cheiro da praça é insuportável, com fezes e urina por todo o lado. É a primeira vez que fazem esta intervenção de fundo este ano”, afirma ao JN Ana Oliveira, trabalhadora na zona, acrescentando que as pessoas em situação de sem-abrigo “estão a aumentar” na praça.
“Limpeza reforçada”
A Junta de Santa Maria Maior assegura ao JN que “a limpeza é feita, de 15 em 15 dias, intercalada com a Câmara de Lisboa, desde 2022”, quando esta autarquia convidou a Câmara a reforçar a limpeza deste local. Os trabalhos implicam “deservagem, varredura e lavagem com recurso a mangueiras e máquinas de pressão”. “Se se justificar, é ainda feita a limpeza de graffiti e de sarjetas”, refere ainda.
A Câmara diz que a “varredura, despejo de papeleiras e recolha de monos e entulho é realizada diariamente” e “é feita uma limpeza mais completa quinzenalmente”. Com o acentuar da degradação do espaço, a autarquia diz que a limpeza “será reforçada”, mas admite que “sem a colaboração dos utilizadores do espaço, não será possível garantir a salubridade deste”. Informa ainda que “tem uma equipa especializada” para fazer face “às necessidades de limpeza dos espaços ocupados por sem-abrigo”.