Começou, na manhã desta segunda-feira, a demolição da antiga entrada do parque de campismo de Cortegaça, Ovar. A intervenção, que vai permitir aumentar o espaço livre de acesso à praia, assinala também o início da deslocalização do campismo.
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A degradada casa daquela que foi a primeira receção do parque de campismo de Cortegaça, imagem paupérrima no acesso a uma das zonas balneares de excelência e das mais concorridas do concelho, vai fazer parte do passado.
Após o avanço das máquinas, pouco mais restou do que destroços que serão completamente removidos ao longo da semana, devolvendo ao local mais área livre de areal e acesso amplo à zona de banhos.
"Há obras que começam com a colocação da primeira pedra, esta começa com a retirada da primeira pedra", afirmou Sérgio Vicente, presidente da Junta de Freguesia de Cortegaça.
O autarca confirma que se trata de um primeiro "gesto" de um projeto "mais vasto que pretende tirar o equipamento devoluto da frente de mar e marcar o arranque da futura deslocalização do parque de campismo cujos estudos e projeto estão a decorrer".
Sérgio Vicente recorda que a demolição da receção "que punha em risco os frequentadores do parque de campismo e da praia", era uma pretensão antiga, mas que estava pendente de uma decisão judicial que recentemente devolveu à junta de freguesia a gestão do parque de campismo.
Já o presidente da Câmara Municipal, Salvador Malheiro, diz que a intervenção desta manhã, "apesar de simbólica", "vai ter uma importância muito grande na preparação da época balnear. Vamos ter a praia com melhores condições de acesso", garante.
Lamentou que, apesar de esta intervenção estar a decorrer em zona de domínio público marítimo, "em que a competência é única e exclusivamente do Ministério do Ambiente, quem está a assumir tudo são as autarquias locais. Esta é apenas uma das várias matérias onde temos vindo a substituir-nos ao Governo, mas como está em causa o nosso território, a nossa praia, tínhamos que agir", justificou.
O autarca de Ovar reitera que, "o que está a acontecer, mais uma vez, é as autarquias locais substituírem-se àquilo que é responsabilidade do Governo".