Praia naturista sem sinalização: "Já fui abordada por homens, mas despacho-os logo"
Pessoas pedem sinalização da zona norte da praia do Salgado, acesso direto, sacos do lixo e casa de banho.
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O para-vento em U à volta da cadeira, e o chapéu de sol a tapar a parte superior deixavam a descoberto apenas a vista para o mar, na zona norte da praia do Salgado, em Famalicão, Nazaré. Maria, 60 anos, quase passava despercebida, se não estivesse à beira-mar despida de preconceitos, tal como dezenas de outros naturistas a aproveitar o fim de semana. Começou por fazer topless e, há sete anos, "libertou-se" totalmente. E nem os mirones a demovem de estar em comunhão com a natureza, na zona balnear de que mais gosta, pela vista sobre as montanhas.
"Já fui abordada por homens, mas despacho-os logo. Não me afetam", assegura Maria, residente em Ourém. Quanto ao para-vento, esclarece que não tinha como objetivo resguardá-la de olhares indesejados, mas apenas protegê-la da aragem que se fazia sentir. Favorável à legalização da zona norte da praia como naturista, defende que devia estar sinalizada. "Talvez assim não viessem para aqui passear pessoas com crianças pequenas. Eu não o faria", sublinha.