Evento em Monção com afluência recorde de pilotos portugueses e espanhóis, após dois anos de interregno.
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A saudade foi o motor de uma edição histórica do Rali à Lampreia, este fim de semana, em Monção. Após dois anos de interregno devido à pandemia, a organização registou um número recorde de participantes, portugueses e espanhóis: 64 pilotos, entre os quais uma única mulher. E nem os preços quase proibitivos da lampreia, que é degustada num almoço entre provas, colocou freio ao evento. O ciclóstomo está a chegar ao prato a 160 euros (por unidade).
"Este regresso não podia ter sido melhor. Tivemos o recorde de inscritos. Aliás, tivemos de limitar. Se tivéssemos espaço e condições, teríamos tido à volta de 80", declarou Jorge Galhardo, presidente do Parallel Velocity Club, organizador em parceria com o município, referindo que se proporcionou desta forma "pela saudade do rali e também porque esta prova é cada vez mais conhecida em Portugal e no estrangeiro".
"Os primeiros a inscrever-se foram dois emigrantes da Suíça, que são de Monção. Também tivemos, como sempre, espanhóis", acrescentou.
Os pilotos aceleraram nas suas "máquinas", sábado à noite e este domingo, durante a manhã e após o almoço no centro histórico da vila alto-minhota.
Mais segurança
Este ano com reforço da segurança (aumento de barreiras em betão) e maior número de lugares sentados (em bancada), o rali encheu a Praça Deu La Deu, de gente e roncos dos motores.
O presidente da Câmara, António Barbosa, sublinha que Monção viveu "o maior recorde de sempre da história do Rali à Lampreia". "Foi um regresso importante, porque é uma prova de automobilismo que diz muito ao Norte de Portugal e à Galiza, e que enche a hotelaria e a restauração".
"Não me lembro de um ano com lampreia tão cara, porque há falta. Estamos a falar de 130, 150 e 160 euros [no restaurante], mais os apaixonados não deixam de a comer", frisou.