"Prémios para uns, promessas para outros”. Incentivos na Vitrus geram protestos
Empresa responsável pela recolha de resíduos, em Guimarães, foi a única detida pelo Município de Guimarães a dar um incentivo de 400 euros a cada trabalhador, o que gerou protestos.
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Esta manhã, quem passou na variante de Creixomil, que dá acesso à autoestrada, com ligações ao Porto e a Braga, viu uma faixa pendurada num viaduto em que se lia “prémios para uns, promessas para outros”. O protesto alude ao facto de os trabalhadores da Vitrus serem os únicos, do universo das empresas e cooperativas detidas pelo Município de Guimarães, que receberam este incentivo. Os próprios funcionários da Câmara também não receberam prémios.
A colocação anónima da faixa, num local de grande visibilidade, trouxe para a ordem do dia um assunto já tinha sido discutido na reunião do executivo camarário, a 14 de dezembro. Na altura, o vereador do PSD, Bruno Fernandes, afirmou que “ou se aplica aos trabalhadores das empresas municipais o mesmo que aos funcionários do Município, ou é preciso criar regras”. O vereador questionou ainda se “um prémio de desempenho que é distribuído igualmente por todos os funcionários, visa realmente distinguir o mérito”.
Medida social
O presidente da Câmara, Domingos Bragança, afirmou que concordava com prémios de desempenho, mas realçou que eles não significam o mesmo para quem ganha valores próximos do salário mínimo que para quem tem remunerações mais elevadas. “A grande maioria dos funcionários da Vitrus são operários”, alegou o autarca para justificar os prémios na empresa. A Vitrus tem vindo a aumentar o seu quadro de pessoal, sendo que nos últimos cinco anos admitiu mais 87 pessoas e, só em 2022, entraram mais 33.