Presidente da Comunidade Intermunicipal queixa-se de “calvário” para obter pareceres do Governo
O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Joaquim Baptista, apontou, esta quarta-feira, várias críticas ao Governo, acusando a administração central de ser um entrave para, a nível regional, alguns projetos serem concretizados.
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Na data em que se comemoraram os 35 anos da CIRA, o dia, em Aveiro, esta quarta-feira também foi de debate sobre o futuro da governação intermunicipal no país.
“Nem imaginam o calvário que é para obter um parecer, seja para o que for, e as oportunidades de financiamento que perdemos. Há um fosso enorme entre aquilo que é a vontade política e aquilo que é a vontade da administração [central]”, explicou Joaquim Batista. E deu exemplos: “Perdemos o financiamento para a obra do Baixo Vouga Lagunar, porque não nos deixam trabalhar. E estivemos na iminência de perder a capacidade de concretizar a ponte-açude do rio Novo do Príncipe, porque não nos queriam deixar trabalhar”.
Para o também edil da Murtosa, é tempo de as comunidades intermunicipais reivindicarem “verdadeira autonomia de decisão”. “Não queremos gerir sozinhos. Queremos é ser decisores também e não meros instrumentos de realização das políticas da administração central, algumas delas desajustadas das necessidades do território”, deixou claro Joaquim Baptista, acusando o Governo de ser “distante e centralista”.