Paulo Pereira, presidente da Câmara de Baião, não participou na votação da proposta do PSD que impede a Autarquia de contratar qualquer serviço a cidadãos que possam ter "laços familiares e afins". A proposta da oposição (PSD/CDS), aprovada em reunião do Executivo de 10 de novembro, apenas com dois votos favoráveis dos vereadores do PSD, teve a abstenção de quatro vereadores (eleitos) do PS presentes na reunião, e não cinco, na reunião presidida pelo Vice-Presidente Filipe Fonseca, como por lapso o JN noticiou.
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A proposta, apresentada pelos dois eleitos da coligação PSD/CDS e que os quatro socialistas não recusaram, deixando-a passar ao absterem-se, impede a Autarquia de contratar qualquer serviço a cidadãos que possam ter "laços familiares e afins" com os 875 candidatos das forças políticas que concorreram nas últimas eleições à Câmara, Assembleia Municipal, Juntas e Assembleia de Freguesia. Paulo Pereira considera que a deliberação aprovada é inconstitucional e, na qualidade de líder municipal, apresentou queixa contra a Autarquia no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel. O edil diz que não é nenhum "drama" e promete cumprir a decisão do tribunal. "Se o PS votasse contra, como era pretensão do PSD, a ideia que a oposição ia passar para a opinião pública era de que o PS chumbou uma proposta do PSD que defendia a ética e a legalidade", argumenta Paulo Pereira.
Paulo Portela, primeiro vereador do PSD, justifica a proposta com "as práticas do passado da atual maioria [PS] municipal". E também, sublinha, "porque no concelho se ouve falar de promessas de emprego que terão sido feitas na última campanha eleitoral autárquica".