<p>Os presidentes de junta de 12 freguesias de Vieira do Minho fizeram, esta segunda-feira, uma manifestação em frente aos Paços do Concelho, acusando o presidente de não cumprir um acordo de transferências de verbas.</p>
Corpo do artigo
Os 11 autarcas do PS e um do PSD disseram ainda que "a câmara beneficia financeiramente as juntas do PSD". O porta-voz do grupo, o presidente da Junta de Soengas, Pedro Pires, disse que "a Câmara se comprometeu, em Dezembro, a transferir 18300 euros para cada uma das freguesias, através da assinatura de um protocolo, mas tem vindo a adiar a sua concretização".
Pedro Pires, que esteve recentemente no centro de outra polémica, quando Albino Carneiro lhe chamou "burro" numa Assembleia Municipal, acrescentou que os presidentes de junta não querem que o dinheiro lhes "seja entregue de uma só vez, mas que seja garantido que vem ao longo do ano, de forma a poder-se preparar as obras a lançar". Em frente ao edificio municipal, Pedro Pires foi cirundado pelos seus congéneres socialistas de Anissó, Anjos, Guilhofrei, Parada do Bouro, Pinheiro, Rossas, Salamonde, Soengas, Soutelo, Vieira do Minho e Vilarchão e pelo social-democrata de Mosteiro.
Pedro Pires recorda que o acordo entre a Câmara e as juntas foi alcançado em Dezembro, entre o presidente da Câmara, Albino Carneiro, e os presidentes de Junta, na Assembleia Municipal e em reunião de Câmara Municipal.
Há dois e três anos, "as contas da Câmara mostram que as juntas de freguesia eleitas pela coligação PSD/CDS, no poder, receberam bastantes mais dinheiro do que as socialistas", lembrando que "entre as juntas que reclamam o protocolo estão as maiores do concelho, as de Vieira do Minho, Rossas e Guilhofrei, que precisam de fazer obras em diversas áreas", diz.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho nega qualquer acusação, garantindo que "os protocolos serão assinados e o dinheiro distribuído ao longo do ano". Segundo Albino Carneiro, já houve duas reuniões para se fazer o elenco das obras pretendidas pelas juntas e que a Câmara poderia não rubricar com algumas juntas que se comprometeram a votar favoravelmente o orçamento anual e não o fizeram, "fugindo ao que estava acordado".
O autarca lembrou que o PS, que geriu a Câmara nos últimos mandatos, deixou as contas em estado de "falência técnica" e rejeitou a tese da discriminação, sustentando que houve juntas que receberam mais do que outras, porque, "no tempo da gestão socialista, foram elas discriminadas, tendo estado anos a fio sem receber um cêntimo".