Estrutura da paragem do Pinheiro Manso, na Avenida da Boavista, no Porto, começa a ser visível. Entretanto, arrancam mais trabalhos preparatórios junto à Casa da Música.
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Começa a ganhar forma a primeira estação do metrobus do Porto, que vai ligar a Rotunda da Boavista à Praça do Império. Em frente ao restaurante Cufra, na Avenida da Boavista, é visível parte da estrutura que dará corpo à paragem do Pinheiro Manso. O traçado terrá, naquela artéria, as estações do Bessa, Guerra Junqueiro e Casa da Música.
Também já arrancaram os trabalhos preparatórios para a instalação do canal de metrobus entre a Rotunda da Boavista e a zona do cruzamento com as ruas de Guerra Junqueiro e João de Deus, esperando-se novos condicionamentos de trânsito a partir de dia 12. Este é o primeiro troço do projeto, que seguirá depois pela Avenida do Marechal Gomes da Costa até à Praça do Império.
Na Boavista, explica a arquiteta responsável pelo projeto, Joana Barros, "trata-se de um canal bidirecional, com estações ao centro, pensadas à imagem do serviço do metro do Porto à superfície, com validação no cais e não dentro do veículo". Cada plataforma terá 40 metros de comprimento, "servindo os dois sentidos".
"O que vai acontecer na Avenida da Boavista é a convivência entre os dois modos: metrobus [com via reservada] e rodoviário, com duas faixas em cada sentido", sublinha, falando numa "requalificação integral à superfície e no subsolo" daquela artéria.
Separador com dois cais na Marechal
Na Avenida Marechal Gomes da Costa, o canal do metrobus está a ser instalado junto ao corredor central verde. Assim, não é causado "qualquer constrangimento na entrada e saída de garagens", adianta o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga. Durante uma visita a Nantes, França, a arquiteta explicou ainda que, no troço entre a Marechal Gomes da Costa e a Praça do Império, "as estações no separador verde vão desdobrar-se em dois cais, com atravessamento pedonal garantido".
"Em vez de o serviço ser feito de ambos os lados da mesma plataforma, temos duas: uma, junto ao lancil de um dos sentidos, e outra no outro. Há um espaço comum, entre as duas plataformas, em piso rígido mas permeável, que permitirá a mudança de sentido, sem pisar relva", revela. As estações serão distintas, com a assinatura de Álvaro Siza e inspiradas em Serralves.