Maria do Rosário Carvalho sucede a Lacerda Pais na Santa Casa. Quer continuar a dar respostas sociais de qualidade.
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É a primeira vez, em 525 anos, que a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro é liderada por uma mulher. Maria do Rosário Carvalho, ex-vereadora da Câmara Municipal de Aveiro, tomou posse nos últimos dias como provedora. Sucede, assim, a Lacerda Pais, que esteve à frente dos desígnios da instituição nos últimos 16 anos. A partir de agora, o maior desafio que enfrenta, assume Maria do Rosário Carvalho ao JN, é "continuar a dar respostas sociais de qualidade".
"Quero honrar o legado deixado e dar o meu melhor. Queremos que os equipamentos sociais que temos continuem a dar respostas de qualidade, como têm feito até agora. Mas sabemos que vai ser um desafio, com toda a instabilidade que há no país, atualmente, e com os preços a subirem", frisou ao JN a recém-empossada provedora.
Maria do Rosário Carvalho tem Francisco Ferreira, anterior presidente do Conselho Fiscal da instituição, como vice-provedor. Lacerda Pais, por seu turno, passou a presidente da Assembleia Geral e Manuel Leite da Silva ficou na presidência do Conselho Fiscal.
Depois de ter sido vereadora da Câmara de Aveiro durante seis anos, com o pelouro da ação social e das obras particulares - cargo que deixou, há dois anos e meio, aquando das últimas eleições autárquicas -, Maria do Rosário Carvalho adiantou que o convite para liderar a Santa Casa de Aveiro partiu do anterior provedor. E, agora que assumiu o cargo, numa cerimónia que teve lugar na Igreja da Misericórdia, diz que outra das suas metas é "reabilitar e valorizar o património histórico e cultural da instituição, nomeadamente, o edifício-sede".
Quanto ao facto de ser a primeira mulher provedora em Aveiro, em 525 anos de história da Santa Casa local, Maria do Rosário Carvalho assume que "é um orgulho as mulheres estarem representadas nas Misericórdias".
Mas faz a ressalva: "Em pleno século XXI, não devia ser assim tanta novidade e não quero ser mal interpretada. Por um lado, sinto como uma vitória para as mulheres, mas, por outro, acredito que o convite me foi endereçado porque viram em mim competências e não por ser mulher", afirma ao JN a nova provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro.