As primeiras casas de renda acessível em Guimarães já têm construtor. A adjudicação tinha sido anunciada em novembro de 2023, mas o promotor desistiu. A Câmara Municipal culpa o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) pelo atraso na análise do projeto.
Corpo do artigo
O Município de Guimarães deu a conhecer que a obra para a construção de 111 habitações de renda acessível já está adjudicada. Os fogos deverão ficar concluídos durante o ano de 2026. Inicialmente, estava previsto que a construção fosse dividida em dois lotes, um em Fermentões e outro em Creixomil, mas, segundo a Câmara, “o projeto está a ser retificado” e as casas ficarão situadas na primeira freguesia.
O presidente da Câmara, Domingos Bragança, anunciou que a construção das 111 habitações de renda acessível foi adjudicada à construtora Casais e que ficarão implantadas em Fermentões. De acordo com o Município, esta obra está integrada num plano mais amplo que prevê a construção de 400 fogos, com um apoio de 131 milhões de euros do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
A adjudicação destas 111 casas já tinha sido anunciada, em novembro de 2023, na altura como parte de um conjunto de 172 fogos que a Câmara Municipal pretendia construir. Nessa altura, não apareceram promotores interessados no concurso para a construção das 61 casas restantes. As 111 casas, porém, nunca chegaram a avançar por desistência da empresa que venceu o concurso. A Câmara Municipal culpa o IHRU por “ter demorado mais do que os 180 dias previstos a analisar o projeto”.
Plano para 400 casas
Segundo a vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Paula Pinto, “o projeto está a avançar para que, até 2026, consigamos construir estas 111 habitações”. Domingos Bragança, que terminará o seu último mandato em outubro, reiterou o compromisso com o plano de construção de 400 habitações, mas ressalva que não é um plano exequível “em um ou dois anos”.
"O objetivo é prosseguir com o projeto para atuar já junto das pessoas com mais dificuldades", assegurou o autarca. "Foi celebrado um novo acordo de colaboração com o IRHU, no valor de 131 milhões, o que será excelente para pensarmos nos próximos passos e nos permitirá construir as 400 casas”, adiantou.