Primeiro teste a sério da nova rede de autocarros do Grande Porto com nota negativa
Passageiros multiplicam críticas à operação da UNIR, apontando mudanças de horários e de trajetos, assim como falta de informação nas paragens. Esperas prolongadas desesperam.
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No primeiro teste a sério, a nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), a UNIR, foi reprovada pelos utilizadores. Horários diferentes dos que existiam, rotas alteradas e falta de informação provocaram ontem o caos em algumas paragens no primeiro dia útil da operação. A falha no transporte escolar levou a Câmara de Paredes a reportar o problema à empresa e à AMP, considerando esta "uma situação inadmissível".
No Terminal das Camélias, na zona da Batalha, no Porto, Fernando Sousa, 81 anos, andava "perdido" entre os diferentes cais. Mal chegava um autocarro seguia em passo apressado até à porta dianteira e questionava os motoristas se iam para Fiães (Feira). "Já estou aqui há uma hora e meia à espera e nada", contou, enquanto tirava do bolso umas folhas com os horários fotocopiados". O idoso, que havia chegado de Amarante à estação de S. Bento de comboio, tinha como destino Fiães, onde iria visitar um familiar a uma unidade de cuidados continuados. "É inadmissível o tempo de espera. E não se percebe como não há ninguém nos terminais que saiba informar", criticou.