Os primeiros cinco meses de cobrança de taxa turística em Viana do Castelo, que entrou em vigor desde agosto de 2024, foram “muito positivos”, segundo o autarca local.
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Luís Nobre indicou esta terça-feira, no final da reunião do executivo, onde foi aprovada a realização de uma despesa de “ate 30 mil euros” para presenças em feiras de Turismo e eventos em 2025, que o valor arrecado com a taxa turística até agora foi "simpático". “Posso dizer que foi surpreendente. Muito positivo”, indicou, sem adiantar montante arrecadado por considerar ainda ser cedo para um balanço da medida.
As unidades hoteleiras e de alojamento local de Viana do Castelo passaram a cobrar 1,5 euros por dormida na época alta [até 31 de outubro] ,até a um máximo de cinco noites seguidas por pessoa, e de um euro na época baixa [até 30 de abril].
“Está a correr bem. Está acompanhar os indicadores de crescimento turístico que temos tido. E nessa perspetiva têm sido positivos os valores associados, porque se há visitação e uma ocupação significativa da hotelaria, a receita também cresce”, declarou o autarca, sublinhando que “o concelho continua a ser atrativo para novos investimentos”, como o projeto do grupo Meliá, de instalação de um novo hotel no Parque da Cidade, e “a refuncionalização em Serreleis do antigo restaurante Pedra Alta, pela Quinta da Pacheca”.
“Estamos a falar de players, agentes hoteleiros, de referência no país, com projetos alavancadores. São projetos que não vêm trazer concorrência, vêm aportar competência, excelência e notoriedade”, notou, referindo que são necessárias mais camas para dar resposta aos fluxos turísticos. “Temos tido dificuldades de alojamento”, disse.
Viana do Castelo justificou a aplicação da taxa de dormida "com o significativo incremento, nos últimos anos, da atividade turística e taxas de ocupação hoteleira" e também com a necessidade de "criação de melhores condições de usufruto para os próprios visitantes".
A medida abrange dormidas remuneradas em todos os empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local, desde hotéis, pousadas, aldeamentos e apartamentos turísticos, unidades de turismo de habitação e de turismo no espaço rural, hostels e "bed and breakfast".