Um professor de Coimbra morreu, ontem, na EN 234-1, em Cantanhede, na sequência do despiste da sua viatura, que colidiu, com violência, num outro automóvel, causando ferimentos à condutora. A vítima mortal, de 53 anos, deixa dois filhos, de 17 e 20 anos.
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"Isto é inexplicável. O meu colega era super cauteloso. Não percebo o que aconteceu. É tudo muito estranho. Aliás, esta estrada é muito estranha. Em dois dias é já o segundo acidente com mortos num espaço de 200 metros. Creio que a estrada está muito inclinada para a berma", disse, ontem, ao JN, no local do acidente, António Girão, amigo da vítima e também ele professor na Escola EB 2,3 Marquês de Marialva, em Cantanhede, onde Henrique Fernandes Vilar Correia leccionava Educação Musical há 20 anos.
Segundo fonte policial, uma testemunha do acidente terá contado que a vítima mortal vinha da Póvoa da Lomba, pouco depois das 12 horas, com destino a Coimbrae. Ao entrar na EN 234-1 terá inexplicavelmente galgado o separador central e embatido frontalmente no carro de uma mulher, de 33 anos, que residia em Coimbra e que se deslocava para Cantanhede. A condutora foi transportada, com ferimentos, para os Hospitais da Universidade.
O marido da condutora disse ao JN que a sua mulher não encontrava explicação para o sucedido. "Estava consternada, nervosa, com dores no peito e só dizia que foi tudo muito rápido, sem tempo de reacção", disse.
As autoridades admitiam a possibilidade de ter ocorrido algum problema de saúde grave à vítima mortal, fazendo-o perder o controlo da viatura.
O cadáver esteve cerca de 2.30 horas para ser removido da via pública, à espera do carro funerário. Por essa razão, o trânsito fez-se de forma condicionada, uma vez que a EN 234-1 esteve cortada, no sentido Coimbra-Cantanhede, até cerca das 15 horas.
A GNR e os Bombeiros de Cantanhede tomaram conta da ocorrência.