Os professores voltaram esta segunda-feira à greve e à rua, com dois protestos em Bragança, considerando que as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação "não são suficientes" que não respondem às reivindicações dos docentes.
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"No caso da mobilidade por doença, apresentou um regime que é desumano, que tem criado um conjunto de problemas. Relativamente aos concursos, o documento que está para promulgação no presidente da República [entretanto promulgada esta segunda-feira] e que nós pedimos que regressasse à mesa negocial por ter um conjunto de linhas vermelhas, nomeadamente o não respeito pela graduação profissional e pela questão do tempo congelado, a proposta que apresenta não permite recuperar nenhum tempo de serviço", descreveu Francisco Gonçalves, secretário-geral adjunto da FENPROF (Federação Nacional dos Professores).
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A mobilidade por doença é um problema acutilante no distrito de Bragança, que muitas vezes apresenta o maior número de pedidos a nível nacional. "Bragança tem também uma população docente bastante envelhecida e poucas escolas, que reduziram nas últimas décadas. Os concursos assumem aqui uma importância maior que as tais questões das ultrapassagens também são mais importantes do que noutros locais", referiu Francisco Gonçalves.
Gritando palavras de ordem, como "Queremos a aposentação primeiro que o caixão", os professores do distrito concentraram-se primeiro em frente à Escola Secundária Emídio Garcia e depois na Praça da Sé, onde protestaram por causa do regime de aposentação, dos horários de trabalho e dos problemas da violência e da indisciplina crescente nas escolas.
"Não há uma proposta em cima da mesa e, enquanto não houver resposta, os professores vão continuar a protestar. Se o ministro da Educação pensa que, por atirar os problemas para a frente, nos vai demover está bem enganado. A luta vai continuar", acrescentou o sindicalista.
A greve e o protesto foram organizados pela Plataforma Sindical dos Professores, que agrega a maioria dos sindicatos nacionais.