Profissionais do SAMS sofrem reações adversas à segunda dose da vacina da covid-19
Profissionais de saúde do Hospital do SAMS, em Lisboa, sofreram reações adversas à vacina contra a covid-19, após a segunda toma. Instituição vai comunicar efeitos secundários ao Infarmed.
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A administração do Hospital do SAMS (Serviços de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários) confirmou esta quarta-feira ao JN a ocorrência de "reações adversas ligeiras" em alguns dos profissionais de saúde vacinados com a segunda dose da vacina da Moderna contra a covid-19.
A segunda fase de vacinação na instituição teve início ontem, terça-feira, nesta unidade de Lisboa.
Sem precisar o número de profissionais com estes efeitos secundários, o hospital assegurou que "as situações de ausência foram pontuais e não colocaram em causa o normal funcionamento dos serviços" e que continua a prestar cuidados "normalmente".
No entanto, esta entidade ainda não comunicou à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) as situações relatadas. Como a campanha de vacinação termina já esta quinta-feira (amanhã), "aguarda-se a contabilização e identificação de todos os casos para se fazer a comunicação ao Infarmed".
A norma da Direção-geral da Saúde (DGS) em relação a esta vacina não deixa margem para dúvidas da importância da referenciação de todos os efeitos adversos sentidos pelas pessoas que foram vacinadas.
"Esta vacina está sujeita a monitorização adicional que irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança, pelo que é muito importante que os profissionais de saúde notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas", lê-se na Norma 001/2021.
A mesma recomendação está presente nas normas das vacinas da Pfizer-BioNtech e da Oxford-Atrazeneca, as outras duas também a serem administradas no país.
Segundo o texto da DGS, os efeitos secundários mais frequentes na vacina da Moderna são: dor no local da injeção, fadiga, cefaleias (dores de cabeça), mialgia (dores musculares), artralgia (dores articulares) e calafrios.
Menos comuns podem ser náuseas/vómitos, linfadenopatia (inchaço dos nódulos linfáticos), pirexia (febre), edema e eritema no local da injeção. "Estas reações são geralmente ligeiras a moderadas e resolvidas em poucos dias", explica a norma.
Portugal recebeu as primeiras 8400 doses da vacina da Moderna a 12 de janeiro. Estas destinaram-se maioritariamente aos profissionais de saúde prioritários de hospitais privados que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde no tratamento e nas respostas a doentes covid-19.