Regras da hasta pública, que vão concessionar cais na ria de Aveiro para os próximos cinco anos, não agradam a todos os operadores marítimo-turísticos.
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Se as empresas que tiverem a concessão de um cais dos canais urbanos da ria de Aveiro mudarem de dono ou se a sua estrutura societária se alterar em mais de 50%, perdem o direito de operar os seus moliceiros. Essa é uma das novas regras da hasta pública de atribuição dos cais que mais dúvidas está a levantar, junto dos operadores marítimo-turísticos. O leilão, decidido pela Câmara de Aveiro, decorrerá no próximo mês.
A hasta pública vai concessionar os cais da ria pelos próximos cinco anos. A impossibilidade de as empresas mudarem de donos está a gerar muitas reservas junto dos operadores naquele concelho. “O valor destas empresas é o valor da concessão dos barcos. Não acho que seja possível estar impossibilitado de vender algo que tem valor. Mas é uma questão delicada e, para já, não me quero pronunciar muito”, adianta, ao JN, Afonso Miranda, da Aveiro com Paixão. Já Virgílio Porto, da Viva a Ria, entende que a nova regra “não é sequer constitucional”.