O projeto Embrulha, que visa combater o desperdício alimentar na restauração do Porto, reaproveitou no primeiro semestre do ano 8,4 toneladas de alimentos, evitando a produção do equivalente a 1,76 toneladas de dióxido de carbono.
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Segundo a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), o empenho dos restaurantes aderentes a este projeto de combate ao desperdício alimentar tem sido "crescente" e permitiu ainda a "distribuição de 23.055 embalagens" nos primeiros seis meses do ano.
O projeto Embrulha, promovido pela Lipor -- Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, refere a APHORT em comunicado, consiste na "disponibilização gratuita aos restaurantes aderentes de embalagens biodegradáveis para oferta aos seus clientes, dando-lhes a possibilidade de levarem consigo, comodamente e em segurança, as suas sobras alimentares".
Tendo como objetivo "reduzir o desperdício de alimentos no setor da restauração", o projeto quer também, desta forma, estimular os clientes a "levar para casa, sem preconceito, aquilo que sobrou da sua refeição".
Esta adesão, segundo a associação, permitiu desde janeiro e até junho "o reaproveitamento de 8,4 toneladas de alimentos, evitando a produção do equivalente a 1,76 toneladas de dióxido de carbono".
O projeto começou em 2016, como estudo piloto, junto de alguns restaurantes do Porto e o "Embrulha tem-se revelado uma solução ambientalmente sustentável para a redução do desperdício de alimentos junto do setor da restauração".
No seguimento do "sucesso alcançado junto dos restaurantes do Porto, foi a vez do município de Matosinhos, o concelho da AMP com a maior concentração de restaurantes, aderir a este projeto", na terça-feira, no âmbito do Dia Mundial da Alimentação, "arrancando com uma participação inicial de 14 restaurantes locais", acrescenta.
O Embrulha tem atualmente "50 restaurantes envolvidos", sendo que a expectativa é a de que "a curto prazo", este número continue "a crescer de forma significativa", concluiu a APHORT.