Câmara Municipal de Braga aprovou, esta sexta-feira, com a abstenção do PS e os votos favoráveis da CDU e da coligação PSD/CDS, o projeto de requalificação do Nó de Infias, no centro da cidade, uma obra que vai custar 11 milhões de euros, cujo concurso público pode avançar ainda em 2025.
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O presidente da autarquia bracarense, Ricardo Rio, apontou para o início de 2027 a conclusão da empreitada.
Ricardo Rio sublinhou que “a obra não vai resolver todos os problemas de trânsito da cidade”, embora represente um grande avanço. “O projeto esteve a marinar por falta de vontade política”, sustentou, aludindo ao anterior Governo do PS.
O documento vai, agora, ser analisado pelo IMT (Instituto de Mobilidade e dos Transportes), prevendo-se que a decisão de avançar com a obra seja anunciada dia 26, em Braga, pelo ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
Esta quarta-feira, em comunicado, o município referia que o projeto prevê a redução de 98% do tráfego, menos quatro quilómetros de filas de trânsito, mais segurança, menos ruído e 95% de fluidez nas horas de ponta.
Críticas da oposição
A requalificação do nó, “o cancro rodoviário de Braga”, vai melhorar a circulação na saída Norte da cidade, mas a oposição contesta os números avançados pelo município. “Não faz sentido que se diga que vai retirar 95% do tráfego, isso é impossível, logo enganador”, afirmou o vereador socialista Artur Feio, que, aplaudiu o avanço do processo, embora tenha dito que “vem 12 anos mais tarde” e que o PS não votará favoravelmente enquanto as obras não arrancarem.
Uma crítica a que Ricardo Rio respondeu dizendo que “são números que constam dos documentos elaborados pela empresa que fez o estudo”.
Já vereador da CDU Vítor Rodrigues acentuou que a requalificação do nó e o prolongamento da Variante do Cávado – em fase de conclusão do respetivo projeto – são, a par da implementação do BRT (Autocarro de Transporte Rápido) “essenciais para resolver os problemas de trânsito”.
O projeto para Infias envolve a construção de um viaduto com 220 metros e a reformulação das vias. Decorrerá sem que o nó seja fechado. Quando os trabalhos de construção findarem, as filas – que chegam a ter quatro quilómetros – e os respetivos tempos de espera, nas horas de ponta diminuem mais de 80%.