Protesto à porta da Lactogal para defender trabalhadora que pede horário para ficar com o filho
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas (STIANOR) fez uma ação de denúncia à porta da sede da Lactogal, no Porto, como forma de protesto por não ter sido atribuído um horário compatível com a vida familiar a uma trabalhadora com um filho de quatro anos.
Corpo do artigo
Segundo o comunicado enviado ao JN, a funcionária da unidade de Oliveira de Azeméis requereu a troca para o horário diurno, em duas ocasiões diferentes, para poder tomar conta do filho, uma vez que não tem com quem o deixar.
"A Lactogal não só lhe recusou um horário diurno, como lhe fixou um novo horário por turnos rotativos, sendo um desses turnos 100% noturno", diz o sindicato.
"O companheiro é motorista de transportes internacionais e passa vários dias da semana fora do país e a trabalhadora não tem a quem deixar o filho, principalmente à noite. Por causa disto, o senhor teve de se despedir", informou José Armando Correia, coordenador do STIANOR.
Esta situação já chegou à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e as medidas poderão não ficar por aqui. "A empresa está a ser insensível a estas questões e a situação tem sido remendada graças ao apoio dos colegas que vão trocando turnos. No entanto, isto precisa de uma solução definitiva e se a empresa não a proporcionar não excluímos a hipótese de fazer um pré-aviso de greve", concluiu José Armando Correia.
O JN tentou contactar a empresa, sem êxito.