<p>Cerca de três dezenas de trabalhadores da Sebra, uma empresa de mobiliário infantil, perto de Válega, em Ovar, concentraram-se ontem à tarde junto das instalações da fábrica em protesto contra salários em atraso. Os trabalhadores tentaram impedir a saída de um camião do interior da empresa obrigando à intervenção da GNR.</p>
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Ontem de manhã ,em frente das instalações da empresa -mãe, em Albergaria-a-Velha, os trabalhadores protestaram contra a falta de pagamento dos salários de Dezembro e Janeiro e do subsídio de Natal.
Cerca de quarenta da meia centena de funcionários da empresa enviaram no mês passado cartas à administração da empresa, a suspender a prestação de trabalho, tendo a gerência notificado duas trabalhadoras do seu despedimento.
A empresa de Ovar foi comprada há 13 anos pela Sebra-Indústria de Mobiliário, SA, que tem as suas instalações em Albergaria-a-Velha, freguesia da Branca, mas segundo garante o seu administrador, José Rodrigues, «não há encomendas, o que aumenta os problemas de uma empresa que já devia ter fechado há anos".
"O que posso dizer é que a Sebra-Albergaria tem andado a meter dinheiro na de Ovar», revelou José Rodrigues adiantando que, face à actual situação, na passada sexta-feira foi entregue no tribunal o pedido de insolvência da Sebra-Ovar, o que significa o mais que certo encerramento da unidade fabril e o consequente desemprego para meia centena de trabalhadores.
No entanto, segundo garantiu ao JN, José Dias, encarregado da secção de pintura, "o que se passa é que as encomendas são todas canalizadas para a empresa de Albergaria-a-Velha, e por isso, não há trabalho para nós".