<p>A Comissão de Acompanhamento da Construção da A 32, na Branca, vai interpor uma providência cautelar em tribunal contra o traçado a nascente. Vai também apresentar queixa em Bruxelas, na União Europeia, foi anunciado.</p>
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A Comissão de Acompanhamento da Construção da auto-estrada 32 (A32) na Branca, Albergaria-a-Velha, quer que a Comissão de Transportes e Comunicações da União Europeia investigue o modo como foi decidida a opção nascente no traçado da A32, ao mesmo tempo que vão pedir o não financiamento da obra com fundos comunitários, revelou, ao JN, Joaquim Santos, daquela comissão.
A comissão vai interpor uma providência cautelar em tribunal como forma de suspender aquele traçado que "prejudica gravemente a Branca".
Joaquim Santos disse ao JN que "o povo está revoltado e defende formas de luta que a Comissão não quer". "As pessoas sentem-se enganadas", frisou, lembrando que no fim de semana passado teve lugar já um corte de estrada simbólico de dez minutos no Itinerário Complementar 2 (IC2).
Em causa, segundo Joaquim Santos está o corte da zona industrial de Albergaria-a-Velha "a meio, criando um tampão", para além de a construção de um viaduto em Fradelos emparedar moradias que aguardam, desde 2007, a licença de utilização.
Por outro lado, o traçado a nascente da A32 vai destruir, de acordo com a Comissão de Acompanhamento, a encosta central da Branca "e destrói todos os recursos hídricos da zona - 35 pontos de água".
"A A32 passa no centro de gravidade da Estação Arqueológica do Monte de S. Julião, uma estação que é datada do pré-histórico (400 a 1400 anos Antes de Cristo)", frisou Joaquim Santos, para quem a solução a nascente não tem em conta o Plano Director Municipal de Albergaria-a-Velha.
"Este traçado, ao que dizem, é para defender a construção de um empreendimento imobiliário e assim contornar o lugar de Alviães, em Oliveira de Azeméis", defende Santos. "Tudo isto é a vitória do político sobre as questões técnicas", frisou, salientando que "não conseguimos entender que se sacrifique uma terra com 6500 habitantes para viabilizar uma alternativa que passa num lugar de Oliveira de Azeméis que não tem 500 habitantes". A Comissão está aberta a uma alternativa que passe a poente do Curval. "Aí não há problemas", disse ao JN.