A Escola Básica (EB) Eugénio de Castro, em Coimbra, vai ser finalmente requalificada com 9,7 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revelou na tarde desta sexta-feira a vereadora Ana Vaz, durante a reunião de Câmara, que decorreu em Antuzede.
Corpo do artigo
"É uma escola de 1972 que tem graves problemas nos edifícios e nas salas de aula e esta intervenção vai resolver estas situações, com uma remodelação que se estende ao mobiliário e aos equipamentos digitais", adiantou a vereadora Ana Vaz ainda em "êxtase", após ter recebido a notícia do apoio ao final da tarde de ontem.
A EB Eugénio de Castro fica entre os Olivais e a Solum. Tem 900 alunos do 5º ao 9º ano e 120 professores que trabalham em "péssimas condições", disse hoje ao JN o diretor António Couceiro. "Há salas onde chove, os pisos estão esburacados, a rede elétrica é uma desgraça, muitas portas estão partidas, fazendo com que no Inverno as salas sejam um gelo e no Verão um forno", traçou o responsável.
Quando concorreu a obra ao PRR a Câmara referiu que "o seu maior problema construtivo é a questão térmica, uma vez que não tem qualquer tipo de isolamento nem nas paredes, nem nos tetos ou nos pavimentos e as grandes áreas envidraçadas sem estores ou palas de proteção, originam uma grande perda de energia durante a estação fria e uma grande acumulação de calor na estação quente".
Ao nível dos arranjos exteriores, "acusa problemas nos muros de vedação e de suporte e também nos pavimentos partidos e envelhecidos e com muitos desníveis", escreveu o executivo. "O refeitório e a cozinha vão ser objeto de uma pequena ampliação e no pavilhão gimnodesportivo pretende-se demolir o bloco existente de balneários, insuficiente e degradado, e executar quatro blocos modulares, soltos do pavilhão, sendo três com a valência de balneários e uma sala de dança/ginástica", adiantou na altura a Câmara de Coimbra.
António Couceiro lembra que a Eugénio de Castro "tem 52 anos e nunca sofreu uma intervenção de fundo, a requalificação é, por isso, uma pretensão antiga, daí que 'tire o chapéu' ao atual executivo que conseguiu o financiamento do PRR".
As obras, como referiu a vereadora Ana Vaz, "têm de estar concluídas até junho de 2026". O diretor adianta que serão feitas em simultâneo com as aulas, "enquanto a empreitada decorre numa zona, as aulas decorrem noutra, havendo a possibilidade, se tal for necessário, de serem instalados contentores que servirão de salas de aulas".