Os vereadores do PS na Câmara de Braga acusaram, esta quarta-feira, a maioria que lidera o executivo PSD/CDS-PP de atuar de forma “descoordenada” e de lançar “obras avulsas” sem o “devido planeamento”, algo que o presidente da autarquia considera um “disparate”.
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Numa conferência de imprensa realizada na Escola Básica da Sé, onde está a ser realizada uma intervenção no telhado, o vereador socialista Artur Feio disse que as obras naquele edifício “são prioritárias”, mas mostrou-se preocupado com o “rumo com que as coisas são feitas”.
“Mais uma vez, vamos de forma avulsa dando resposta às necessidades sem compatibilizar as intervenções como um todo e sem compatibilizar as necessidades”, criticou, apontando como “exemplo” da “falta de planeamento” os constrangimentos criados nos intervalos.
Segundo Artur Feio, “há um espaço contíguo à escola que poderia ser utilizado” para esse fim e que “já deveria ter sido disponibilizado” pelo município. “A questão que se coloca é a coordenação que tem de existir. Já percebemos que há várias velocidades, porque há vários pelouros”, frisou o eleito do PS.
Contactado pelo JN, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio (PSD), disse que as acusações de descoordenação são “um disparate”. “Aquilo que me parece é que o PS está a falar por falar, porque não tem mais conteúdo. São críticas sem qualquer sentido”, garantiu.
Intervenção faseada
No caso da hipotética utilização de um espaço adjacente à escola, que em tempos já foi propriedade do estabelecimento de ensino, a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, explicou que não está a ser utilizado por “questões de segurança” e que para que pudesse receber os alunos necessitaria de ser intervencionado.
“Aquilo que me foi transmitido pelos serviços [municipais] é que teria de ser feita outra empreitada, porque há aspetos de segurança que têm de ser acautelados, nomeadamente a vedação, e que isso já não iria a tempo da obra na escola”, justificou.
Ao JN, Carla Sepúlveda sublinhou que “há timings a cumprir” e que a intervenção na EB1 da Sé será feita de forma faseada. “Neste momento, estamos a intervir nos telhados. No final das aulas, serão realizadas obras no interior – a nível de pintura e do soalho – e também o reforço da segurança de um muro exterior, para que a escola esteja em condições no início do próximo ano letivo”, garantiu a vereadora da Educação.