A demissão de Tiago Mayan Gonçalves do cargo de presidente da união de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde deixou a concelhia do PS do Porto "estupefacto" e o partido vai pedir "uma auditoria independente aos atos praticados desde o início do mandato" naquela Junta.
Corpo do artigo
A notícia de que Tiago Mayan Gonçalves falsificou assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense enquanto presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, motivou a concelhia do PS do Porto a manifestar a "sua profunda estupefação", considerando o episódio de "enorme gravidade". O autarca demitiu-se do cargo, assumindo a responsabilidade da situação.
Para o partido, "esta é uma situação que fragiliza claramente o executivo desta união de freguesias, onde se inclui não apenas o movimento pelo qual foi eleito Tiago Mayan Gonçalves mas também o PSD, quebrando inequivocamente os laços de confiança entre eleitores e eleitos". O autarca foi eleito pelo movimento independente de Rui Moreira. O presidente da Câmara do Porto, após as eleições autárquicas de 2021, fechou um acordo de governação com o PSD.
O PS Porto afirma que "o processo em torno do Fundo de Apoio ao Associativismo nesta União de Freguesias já tinha suscitado dúvidas e críticas por parte do PS, devido ao incumprimento de prazos e à inexistência de audiência prévia dos interessados, em violação da lei e das condições do programa aprovadas pela Câmara".
Neste sentido, "o PS vai solicitar uma Assembleia de Freguesia extraordinária para analisar este tema e solicitar uma auditoria independente aos atos praticados desde o início do mandato naquela união de freguesias".