PSD acusa presidente da Câmara da Trofa de querer dividir votos com candidatura independente
O PSD Trofa acusa o presidente da Câmara, António Azevedo, de querer dividir os votos do eleitorado do partido ao avançar com uma candidatura independente às autárquicas depois de ser rejeitado pela concelhia.
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Confrontada com a decisão do autarca, que anunciou, na noite de quinta-feira, no início da assembleia de secção do PSD, que avançará como independente à Câmara, depois de ver a sua candidatura pelo partido rejeitada, a comissão política concelhia (CPC) emitiu um comunicado em que acusa António Azevedo de estar a levar a cabo “uma tentativa de provocar instabilidade e dispersão do eleitorado afeto ao PSD e à coligação Unidos pela Trofa”.
Liderada por José Fernando Martins, a concelhia afirma que a “alegada clivagem interna é infundada e artificialmente fomentada por António Azevedo e pelo membro demissionário da comissão política”. Miguel Costa apresentou a demissão do cargo de vogal nesta quarta-feira, na reunião em que a CPC elegeu o vereador Sérgio Araújo como candidato, por considerar que “a escolha feita pela comissão política concelhia não tem em conta o superior interesse dos trofenses, estando antes focada em interesses pessoais e compadrios”.
No comunicado enviado ao JN nesta sexta-feira, a concelhia assegura que “o processo de decisão adotado é intocável no que toca às normas internas do PSD” e garante que “demonstrou total disponibilidade e abertura para auscultar todos os potenciais candidatos, promovendo um ambiente de diálogo e procurando ser um elemento de conciliação e unidade”.
“A escolha de Sérgio Araújo como candidato à Câmara Municipal foi validada de forma expressiva, com 86% dos votos da comissão política, um número que reflete a solidez e coesão do partido em torno desta candidatura”, lê-se no mesmo documento. O vereador, que é vice-presidente da CPC, colheu 12 votos, enquanto António Azevedo teve dois.