O PSD/Porto apelou a um "relacionamento permanente e profícuo" entre a Galp e os sindicatos, depois de a empresa anunciar o encerramento da refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos.
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"Apelamos a que haja um relacionamento permanente e profícuo entre a empresa [Galp] e os sindicatos e que naquele que for o âmbito de intervenção do Governo, os assuntos sejam objeto de uma negociação séria e responsável", sublinharam, em comunicado conjunto, a distrital do Porto e a concelhia de Matosinhos do PSD e a distrital dos Trabalhadores Social-Democratas.
Esta posição surgiu depois de estas três estruturas terem reunido com representantes dos sindicatos que acompanham a situação laboral na refinaria.
Os sociais-democratas falam numa "enorme incerteza e falta de informação" sobre o futuro projeto empresarial, se é que irá haver e qual será, o que aporta uma "carga de enorme angústia e ansiedade" para centenas de trabalhadores da região que, direta ou indiretamente, têm o seu posto de trabalho afeto à refinaria.
Perante esta inevitabilidade do encerramento, os trabalhadores irão ter de enfrentar o desemprego e, por consequência, dificuldades em garantir o sustento das suas famílias, sublinharam, em comunicado.
"Perante esta circunstância e, em caso de despedimentos, que nenhum trabalhador fique sem a devida proteção social assegurada e que o Governo agilize os organismos da administração pública que atuam nos apoios ao emprego/desemprego e à proteção social", frisou o PSD, na nota.
O partido considerou ainda que compete ao atual Governo assumir as suas responsabilidades de decisor político em áreas "tão estratégicas" como a economia de uma região e do país, ambiente e transição energética.
Os trabalhadores da refinaria têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à Câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.
"Já está programada uma iniciativa de concentração de trabalhadores com saída desde a refinaria até aos Paços do Concelho de Matosinhos, depois iremos concentrar-nos em Lisboa, em princípio na porta do senhor primeiro-ministro, que até ao momento está calado e foi a primeira pessoa a saber desta decisão por parte da administração", afirmou Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), a 30 de dezembro.