PSD de Famalicão manifesta "maior desconfiança" pelas obras na EN14
O PSD de Vila Nova de Famalicão manifestou a "maior desconfiança" ao anúncio do primeiro-ministro sobre o início da construção da variante alternativa à Estrada Nacional 14, que liga aquele concelho ao da Maia e da Trofa.
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Em comunicado enviado à agência Lusa, este sábado, o vice-presidente da Comissão Política do PSD famalicense e também deputado à Assembleia da República, Jorge Oliveira, considera que "não é aceitável" que António Costa anuncie "simplesmente que está tudo pronto para avançar, quando já o podia ter feito há um ano" e que "dê como boa a execução faseada da obra, depois reclame a imperiosidade da sua execução integral, para à frente voltar a dizer que faseadamente é que está bem".
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António Costa anunciou na sexta-feira a construção da variante alternativa à EN14, uma reivindicação com mais de 20 anos, revelando que dado os fundos estruturais terem desconsiderado o investimento em vias rodoviárias, a obra irá ser feita com "recursos nacionais", correspondendo assim às necessidades das populações.
"O anúncio feito pelo primeiro-ministro do início da construção da variante alternativa à EN14, que liga os concelhos da Maia, Trofa e Vila Nova de Famalicão, suscita-nos a nossa maior desconfiança", lê-se no texto.
Segundo o PSD famalicense, "o anterior Governo, atentas as gravosas condições económicas que o país enfrentava, desenvolveu uma solução infraestrutural concertada com os autarcas, menos custosa para o erário público, mas igualmente eficiente. Fruto da solução técnica e financeira que lhe estava associada, a obra foi projetada para ser executada em quatro fases".
O deputado lembra que o executivo de Passos Coelho "cabimentou e abriu o concurso para a primeira fase desta variante, aquela que o primeiro-ministro anunciou" e "desde junho de 2016, que esta empreitada está em condições de ser adjudicada" mas, aponta o texto "assim não aconteceu porque o Governo alegou que a obra só podia ser feita de forma integral".
Segundo o comunicado, em fevereiro "o Governo apresentou o "Programa de valorização das áreas empresariais", nele fazendo constar a melhoria das acessibilidades às áreas de localização empresarial de Famalicão Sul/Ribeirão e Lousado, uma intervenção que corresponde à fase final do projeto elaborado pelo anterior Governo" e "agora, candidamente, vem o primeiro-ministro dizer que tudo volta à primeira forma".
"Nada disto é aceitável. Não é aceitável que o primeiro-ministro anuncie simplesmente que está tudo pronto para avançar, quando já o podia ter feito há um ano. Não é aceitável que o Governo dê como boa a execução faseada da obra, depois reclame a imperiosidade da sua execução integral, para à frente voltar a dizer que faseadamente é que está bem. Não é aceitável que diga que uma obra começa a sul, depois a norte, para mais tarde retomar o seu começo a sul".
Por isso, aquela estrutura social-democrata "desafia o primeiro-ministro a adjudicar imediatamente, não apenas a empreitada da primeira fase da obra, com início na Maia, dada a inexistência de qualquer impedimento técnico, mas também a empreitada da fase final do projeto, já no município de Vila Nova de Famalicão, que há dois meses o Governo prometeu começar neste ano".