<p>À terceira pode ser de vez. A Assembleia Municipal de Amarante decide amanhã, sábado, se autoriza a construção do quartel da GNR nos terrenos da antiga adega cooperativa. Basta o PSD optar pela abstenção.</p>
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Apesar do PSD ter maioria no órgão fiscalizador municipal, a proposta da maioria socialista na Câmara, liderada por Armindo Abreu, deverá passar na Assembleia ao contrário do que sucedeu no anterior mandato.
Nessa altura, o pedido de autorização nunca passou das reuniões do Executivo Municipal, devido aos votos contra do PSD. Desta feita, os sociais-democratas abstiveram-se na votação realizada na última reunião camarária, com a proposta a ser aprovada apenas pela maioria do PS.
A opção pela abstenção a manter-se na sessão da Assembleia poderá viabilizar o novo quartel.
O vereador e presidente da concelhia do PSD, José Luís Gaspar, afirmou , no entanto,em comunicado, que "não vai continuar a alimentar o jogo político dos socialistas". O PS, por sua vez, espera que à terceira seja de vez, caso contrário, garantiu ao JN, o presidente Armindo Abreu, vai ficar "à espera que o PSD resolva".
Embora os dois partidos, hoje em dia, até concordem com a localização do quartel nas instalações da antiga adega cooperativa, edificada numa zona onde existem dois bairros sociais, instalações escolares e de saúde, o certo é que divergem no pormenor do seu enquadramento. O PSD entende que a obra não deveria ser casuística, mas sim que se faça "numa perspectiva estratégica, integrada e ordenada de desenvolvimento urbano, assente numa mobilidade eficaz" pedindo a elaboração de um estudo.
Para o socialista Armindo Abreu, "o PSD tem que ser claro e dizer se quer um estudo com carácter vinculativo ou não". "Se for vinculativo, tipo plano de pormenor, nem daqui a quatro anos temos quartel", argumenta.
De acordo com o protocolo a celebrar com a Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI), caso a Assembleia aprove, a Câmara cede a cooperativa à tutela da GNR em direito de superfície e pelo prazo de 50 anos, prorrogável por iguais períodos, a área necessária para a construção do equipamento. "A cedência não será total já que fica salvaguardada a construção de uma via de acesso a autocarros ao actual parque de estacionamento, localizado nas traseiras da antiga adega", diz a Autarquia.
Actualmente são instalações municipais, junto aos Paços do Concelho, que servem de quartel da GNR, um espaço que se já se revelou, há muito, ser pequeno.