Um vereador do PSD na Câmara do Porto defendeu, esta terça-feira, que tem de "ser ponderado um novo modelo de negócio e gestão" para o Coliseu da cidade, cuja "situação financeira grave" foi denunciada no Conselho Metropolitano de sexta-feira.
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A ideia foi apresentada na reunião privada da Câmara do Porto desta manhã, adiantou aos jornalistas o vereador social-democrata Amorim Pereira, explicando não ter tido qualquer resposta da parte da maioria que gere a autarquia.
Amorim Pereira sugeriu ainda a articulação entre o trabalho desenvolvido pelo Coliseu com a Fundação de Serralves e a Casa da Música, por exemplo, "para que não haja concorrência e práticas pouco salutares em termos de preços".
Na reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) de sexta-feira, o presidente da comissão executiva, Lino Ferreira, anunciou que aquele órgão e a Câmara do Porto pretendiam solicitar ao secretário de Estado da Cultura uma reunião "com caráter de urgência" para discutir "a situação financeira grave" do Coliseu do Porto.
Lino Ferreira acrescentou que o presidente da Associação dos Amigos do Coliseu, José António Barros, não está disponível para se manter no cargo que ocupa há 18 anos "para fechar a porta do Coliseu".
Para sexta-feira está agendada uma assembleia-geral da Associação dos Amigos do Coliseu, para análise das contas de 2013 e eleição de um membro para a direção, para o triénio 2014-2016.
O Coliseu tem como sócios a Câmara do Porto, a Área Metropolitana do Porto e a Secretaria de Estado da Cultura.
Em 1995, em nome da preservação da sala de espetáculos, nasceu a Associação Amigos do Coliseu contra a venda do Coliseu à Igreja Universal do Reino de Deus.