O PSD Guimarães, pela voz do vice-presidente da Comissão Política Concelhia, Rui Armindo Freitas, reagiu, em conferência de imprensa, na manhã desta segunda-feira, à apresentação, no sábado, das grandes linhas do programa do candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara, Ricardo Costa.
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Os sociais-democratas acusam o candidato socialista de “não concorrer com ideias próprias” e o PS em geral de estar no poder há 36 anos e de vir agora dizer que quer “afirmar Guimarães” - o mote da campanha de Ricardo Costa.
Segundo os sociais-democratas vimaranenses, o PS “já nem se propõem lá ir com ideias próprias”. Rui Armindo Freitas referiu como exemplos a proposta de criar um acesso à autoestrada em Brito, uma velha reivindicação do PSD, reafirmada em julho de 2024, pelo candidato social-democrata que irá disputar a eleição para a presidência da Câmara, Ricardo Araújo; e a vontade de candidatar a cidade a Capital Europeia da da Inovação, que também foi uma proposta do candidato do PSD, apresentada em outubro de 2023.
O secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, assumiu a despesa da defesa do PSD local, com o candidato anunciado, o deputado e vereador Ricardo Araújo a resguardar-se para uma apresentação oficial da candidatura que não deve acontecer antes de abril.
Rui Armindo Freitas afirmou que a intervenção de hoje se destinava a “repor a sanidade no debate político”. Para o vice-presidente do PSD Guimarães, o facto de Ricardo Costa vir agora dizer “que nada ficará igual é demonstrativo do arrependimento da governação dos últimos 36 anos”. Rui Armindo Freitas lembrou o facto de Ricardo Costa ter ocupado o pelouro do Desenvolvimento Económico, entre 2013 e 2021, em dois dos mandatos do atual presidente, Domingos Bragança, para referir que “foi incapaz de atrair um euro que fosse de investimento directo estrangeiro para o concelho”.
O secretário de Estado lembrou o caso da Ecoibéria, uma empresa que pretendia instalar-se em Guimarães e que chegou a fazer trabalhos de terraplanagem. Devido a polémicas relacionadas com a legalidade do licenciamento, a empresa acabou por levar o investimento para Famalicão. “A única coisa que ficou em Guimarães foi um buraco”, ironizou Rui Armindo Freitas.
Ziguezague na ligação a Braga
Para os sociais-democratas, o PS “não tem ideias” e “defende uma coisa na Câmara, outra no Toural e ainda outra em Lisboa”. O exemplo disso, refere, “é ziguezague em torno da ligação Guimarães-Braga, com Domingos Bragança a defender o BRT [metrobus] e Ricardo Costa a apoiar a ligação em comboio”.
O vice-presidente do PSD local passou em revista aqueles que aponta como os grandes problemas de Guimarães: a mobilidade, no interior do concelho e nas ligações às cidades vizinhas; a falta de oferta de habitação a preços acessíveis, pública e privada; e a incapacidade de atrair investimento que se revela “pela composição das exportações ser a mesma há décadas”. Diz Rui Armindo Freitas que o PS “promete resolver, com as mesmas políticas desastrosas, o que foi incapaz de fazer em 36 anos”.