A bancada municipal do PSD/Lisboa congratulou-se esta quinta-feira com a anunciada decisão do Governo em extinguir "o mais cedo possível" a Sociedade Frente Tejo, criada em 2008 para promover a reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa.
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"A confirmar-se, o PSD na Assembleia Municipal de Lisboa congratula-se com esta decisão que vai ao encontro da posição defendida recentemente pelo líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, António Proa", diz uma nota endereçada pelos social-democratas às redações.
De acordo com fonte governamental, a decisão de extinguir a sociedade pública Frente Tejo "está tomada", estando ainda a ser estudada a possibilidade de o fazer antes de terminar o mandato da administração, em 31 de Dezembro.
Entretanto, a Câmara de Lisboa escusou-se a comentar a eventual antecipação do fim da sociedade, dizendo apenas aguardar uma reunião com a tutela para tratar desta matéria.
A notícia da possibilidade de a Frente Tejo ser extinta foi avançada pelos jornais Público e i que avançam que a extinção acontecerá no último dia do ano.
Para a bancada municipal do PSD Lisboa, esta decisão do Governo "terá como consequência o regresso a uma situação de normalidade institucional, com a devolução das competências de gestão urbanística da zona ribeirinha ao município de Lisboa".
Os social-democratas recordam que em Abril, a propósito da proposta do presidente da autarquia António Costa, "que defendia a entrada da Câmara no capital da Sociedade Frente Tejo, o PSD deu conta da sua discordância e da sua intenção firme de inviabilizar esta pretensão, afirmando que esta sociedade deveria ser extinta".
Esta iniciativa "é ainda um exemplo do necessário emagrecimento do sector empresarial do Estado, exemplo que deveria ser seguido também no âmbito do sector empresarial do município de Lisboa", prossegue a bancada do PSD Lisboa.
A extinção da Frente Tejo em 31 de Dezembro próximo está prevista nos próprios estatutos, mas o seu prolongamento era tido como certo, até porque a sociedade tem vários projectos em andamento.
O jornal i acrescenta que a solução jurídica para desmantelar a Frente Tejo pode passar por integrar o legado da sociedade na Parque Expo e distribuir os projetos pela Câmara Municipal de Lisboa, Turismo de Portugal e ministério da Administração Interna.
Entre os projectos ainda a decorrer contam-se o novo Museu dos Coches, a ligação do Arsenal à Alfândega e recuperação das fachadas dos edifícios do Terreiro do Paço e a reabilitação da Ribeira das Naus.