A câmara e a PSP de Bragança estão a estudar a possibilidade de instalar câmaras de videovigilância nas zonas mais problemáticas da cidade.
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O comandante da PSP, Rui Rocha e Silva, disse esta terça-feira que o projeto é exequível e que já estão a ser estudados os locais e a auscultar as autarquias. “Estamos a trabalhar nesse sentido. A videovigilância dá segurança às pessoas, permite a recolha de provas muito mais fiável e, consequentemente, terá um impacto muito positivo na justiça. Há prova, as pessoas são levadas à justiça e a prova material está consolidada e é muito mais fácil tomar uma decisão”, explicou Rui Rocha e Silva à margem do aniversário do Comando da PSP em Bragança.
A PSP tem atualmente um efetivo de 190 elementos distribuídos pelas cidades de Bragança e de Mirandela. “Temos o efetivo necessário, desejaríamos mais, até ao dobro, mas é uma visão mais utópica. Não é realista e a criminalidade de Bragança não o justifica, porque é uma das zonas mais seguras do país”, garantiu o comandante.
Apesar de o cibercrime estar a crescer em todo o país, Rui Rocha e Silva admite que nas zonas mais isoladas, como o interior, “as pessoas são mais vulneráveis e poderão ser alvos mais fáceis para esse tipo de atividades ilícitas”.
Daí que a PSP possa vir a promover ações de sensibilização junto das pessoas mais vulneráveis. “No sentido de as preparar para se defenderem perante determinados ataques. Não é uma região mais suscetível, mas como tem população mais idosa e isolada pode contribuir para que isso aconteça”, notou o responsável da PSP.
Ainda assim, Rui Rocha e Silva afirmou que não tem recebido queixas relacionadas com cibercrime. “Não é uma realidade factual e reportada à PSP, mas é uma situação que pode acontecer”, referiu.
No ano de 2024, a PSP deteve uma centena de pessoas. “Em termos numéricos tivemos uma proactividade policial muito relevante. Só sete detidos por tráfico de droga. A segurança rodoviária, nomeadamente a condução sob efeito de álcool, é muito problemática”, explicou.