A empresa de pirotecnia em Canidelo, Vila do Conde, onde ocorreu uma explosão que provocou um morto e dois feridos "tem merecido um especial acompanhamento" do Departamento de Armas e Explosivo para assegurar a sua integral legalidade".
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Citada pela Agência Lusa, em resposta a um pedido de esclarecimentos após o acidente ocorrido na passada terça-feira e que provocou um morto e dois feridos ligeiros, a PSP referiu hoje, segunda-feira, que o "especial acompanhamento" é do conhecimento da Câmara de Vila do Conde.
A fonte da PSP salienta ainda que este acompanhamento decorre "até pelos incidentes ali verificados nos últimos anos, nomeadamente o reportado a 2005".
A explosão ocorrida naquela empresa pirotécnica já levou o autarca de Vila do Conde, o socialista Mário Almeida, a solicitar aquele departamento da PSP a imediata suspensão da sua actividade e a sua posterior deslocalização.
Para o presidente da Câmara, "é opinião generalizada que a explosão de terça-feira, pela sua intensidade, não parece compaginar-se com o normal fabrico de rastilho".
O departamento de Armas e Explosivos da PSP refere ainda que, "no âmbito das suas competências a nível nacional, tem desencadeado todos os procedimentos administrativos necessários com vista à permanente actualização dos alvarás e lotações que cada estabelecimento de pirotecnia possui".
A PSP afirma ainda que "o processo de licenciamento ainda não está concluído" e que "terá lugar" um inquérito para apurar responsabilidades.
Na sequência da explosão ocorrida na terça-feira, a Câmara de Vila do Conde lembrou que, de acordo com as informações que possui, aquela empresa apenas está autorizada a fabricar rastilho, tendo-lhe sido suspensa a laboração de pólvora. A explosão obrigou à evacuação de uma escola primária e ao encerramento do infantário e do refeitório da Junta de Freguesia.