Se os prazos forem cumpridos, no início do próximo Verão, os 43 efectivos da PSP de Mirandela vão ter uma nova esquadra. Após ano e meio da assinatura do protocolo, só agora começou a construção, que vai custar 1,6 milhões de euros.
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O Ministério da Administração Interna suporta os custos com a obra e o equipamento, enquanto a Câmara de Mirandela disponibilizou um terreno de cinco mil metros quadrados (na parte superior do recinto onde decorrem as feiras semanais). Uma escolha "feliz", no entender do presidente do Município, pelo facto de estar "num dos locais mais problemáticos da cidade, permitindo ainda a requalificação do próprio espaço da feira", acrescenta José Silvano, que não esconde a satisfação por esta parceria. "Vem resolver os problemas funcionais da Polícia porque desfaz de uma vez por todas os receios da ameaça de retirada da PSP de Mirandela", conta o edil, referindo-se aos sucessivos estudos sobre a reforma das forças de segurança, que sugeriam o encerramento de 15 esquadras, entre elas a de Mirandela, tendo como critério que a PSP ficasse apenas com o policiamento das cidades com mais de 15 mil habitantes, enquanto as restantes passariam para a alçada da GNR.
A nova esquadra será de tipo B, isto é, uma espécie de categoria superior às mais usuais, onde a principal diferença está no facto de ter instalações para prosseguir investigação criminal.
Para o espaço da actual esquadra, que está inserida na área abrangida pelo Programa de Regeneração Urbana da Zona Histórica de Mirandela, estão a ser estudadas várias hipóteses.
A cela da esquadra da PSP de Mirandela não está a ser utilizada por falta de condições, depois de indicações da Inspecção-Geral da Administração Interna.
As camaratas foram desactivadas e transformadas em vestiários. A secção de trânsito funciona onde antigamente estava instalado o bar, não existe qualquer sistema de aquecimento ou refrigeração num edifício centenário, propriedade da Câmara e que já serviu de cadeia, tribunal e escola e que alberga cerca de meia centena de agentes. Esta degradação das instalações foi razão suficiente para a decisão do Governo de construir uma esquadra de raiz.