Os bombeiros recolheram no ano passado cerca de 2300 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos elétricos usados através da iniciativa Quartel Electrão. A corporação de Amarante destacou-se e é premiada com uma viatura nova. Ao todo a entidade gestora deste tipo de resíduos atribuiu 260 mil euros em prémios, o valor mais alto de sempre.
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Na sétima edição do Quartel Electrão, que decorreu de janeiro a novembro de 2022, participaram 179 corporações, que no total reuniram oito toneladas de pilhas, 39 toneladas de lâmpadas e 2247 toneladas de equipamentos elétricos usados.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amarante foi a que recolheu o maior volume de equipamentos e ganha, por isso, o primeiro prémio: um veículo ligeiro de combate a incêndios no valor de 58 mil euros. A corporação, que conseguiu cerca de 128 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos elétricos usados, recebe ainda 9582 euros.
O segundo prémio, no valor de cinco mil euros, é atribuído aos Voluntários da Figueira da Foz, que reuniram 75 toneladas de equipamentos elétricos usados. Esta corporação acumula, ainda, mais 5630 euros, tendo em conta cada tonelada recolhida.
O Electrão, que criou um incentivo financeiro extra para as associações que conseguiram maiores quantidades, distinguiu ainda o esforço de outras corporações.
Os prémios regionais (750 euros em cartões pré-pagos de combustíveis) foram para as corporações de Anadia (46 toneladas), de Vila Franca das Naves (19), de Agualva Cacém (74), Penafiel (50), de Vila Real de Santo António (60) e da Madalena (25). O Prémio Novo Aderente é atribuído aos bombeiros de Cantanhede.
A associação que recolheu mais pilhas (uma tonelada) foi a de Paço de Sousa, que recebe 1500 euros convertíveis em equipamento de proteção individual. O mesmo prémio vai para o quartel que recolheu mais lâmpadas: Marco de Canaveses, que reuniu 18 toneladas.
Impacto na sociedade
Para o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, esta parceria tem muito valor, não só pela componente ambiental, mas também "pelo impacto positivo gerado pela própria sociedade civil e empresas que entregam equipamentos antigos para ajudar os bombeiros" e pela oportunidade que dá aos bombeiros de se equiparem".
"As associações humanitárias já prestam um serviço de socorro às populações e envolvem-se, ano após ano, na causa da reciclagem, que é também um contributo para a proteção da saúde e do ambiente, tendo em conta que alguns equipamentos elétricos têm componentes altamente prejudiciais se não forem corretamente reciclados", sublinha o CEO do Electrão, Pedro Nazareth.
Os resultados alcançados no ano passado com esta iniciativa têm um peso muito expressivo nos números da reciclagem reportados pelo Electrão, já que os "bombeiros contribuíram para a recolha de 10% do total dos equipamentos elétricos enviados para reciclagem, um valor que aumenta para 13% se falarmos na rede de recolha própria do Electrão, o que é muito significativo", acrescenta o diretor-geral adjunto, Ricardo Furtado.
No site www.ondereciclar.pt é possível localizar o quartel aderente mais próximo para entregar pilhas, baterias, lâmpadas e outros equipamentos elétricos usados.