O Movimento de Utentes da Saúde em Espinho entregou, esta quarta-feira, ao vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão a petição subscrita por 9.924 cidadãos que querem ver reativada a Urgência do hospital local.
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A entrega foi confirmada à Lusa por uma porta-voz do movimento, Sónia Nobre, e, segundo essa enfermeira, a comitiva que se deslocou ao parlamento foi ainda recebida pelos grupos parlamentares do PCP, do Partido Ecológico "Os Verdes" e do PS.
"Também fomos contactados telefonicamente pelo PSD, mas, devido a um desacerto de horários, não nos pudemos encontrar", acrescenta a mesma fonte.
O documento será agora sujeito a uma verificação de assinaturas, até porque o movimento terá recolhido mais de 10.000, mas eliminou entretanto algumas, devido a imprecisões relacionadas com os números indicados nos bilhetes de identidade.
Após a verificação, a executar pelos serviços do Parlamento, será então constituída "uma comissão de especialidade em que o Movimento de Utentes terá direito a depor".
Isso poderá demorar "um a dois meses", pelo que Sónia Nobre antecipa que "o processo não será rápido".
Entretanto, os responsáveis pela recolha de assinaturas propõem-se "continuar a desenvolver outras ações de luta para dar mais visibilidade à petição e informar devidamente deputados e outros cidadãos sobre o que realmente está em causa".
Iniciada em meados de dezembro de 2016, a recolha de assinaturas em prol da reabertura da Urgência de Espinho foi realizada por um grupo de voluntários através de contactos porta a porta e em estabelecimentos comerciais.
A iniciativa visa que nessa cidade volte a funcionar o Serviço de Urgência Básica desativado em 2007.