Um homem de 40 anos e três crianças, com 8, 12, e 13 anos, foram resgatadas ao largo de Troia entre segunda e terça-feira após serem arrastados por fortes correntes quando tentavam atravessar a pé uma zona entre Troia e a Ilha do Cambalhão, no meio da foz do Sado, durante a subida da maré.
Corpo do artigo
Na segunda-feira, pai e filha, de 40 anos e 8 anos, estrangeiros, foram arrastados pela corrente que corre lateral à praia e foram resgatados pelos nadadores-salvadores perto das 16 horas. O homem teve que receber assistência no Hospital em Setúbal. Não correu perigo de vida.
Ontem, terça-feira, duas crianças, de 12 e 13 anos, uma portuguesa e uma espanhola, também foram resgatadas perto do mesmo local, na Praia do Bico das Lulas, mas pelos militares da Marinha que seguiam na viatura Amarok que faz a vigilância nas praias não vigiadas em permanência ao largo de Troia. Tal como pai e filha, tinham ido à Ilha do Cambalhão a pé durante a maré vazia, mas voltaram quando a maré estava a encher e acabaram por não ter força para combater a forte corrente de água que tapou a passagem.
A zona onde ocorreram os salvamentos é caraterizada por um extenso areal que fica descoberto durante a maré vazia e permite a passagem a pé entre a praia de Troia e a ilha do Cambalhão, na foz do Sado. Ainda assim, quando a maré sobe, a passagem fica coberta de água e as correntes chegam a atingir os dez quilómetros/hora, levando a que banhistas fiquem em dificuldades no regresso a Troia e sejam levados pela corrente.
Serrano Augusto, comandante da Polícia Marítima de Setúbal, avança que foi já colocado um aviso de correntes fortes na zona de passagem “que se tornou uma atração turística, mas que traz grandes perigos para quem acaba por ficar mais tempo na ilha do Cambalhão e apenas regressa a Troia quando a maré está a subir”.
A Polícia Marítima apela aos banhistas a que não se aventurem na zona durante as subidas da maré e aumentou a presença na zona devido ao perigo.