<p>Duas pessoas ficaram feridas, ontem, após a queda de uma aeronave que participava num festival aéreo na Covilhã. As vítimas, um piloto e uma jornalista, sofreram lesões sem gravidade e foram encaminhadas para o Hospital Pêro da Covilhã.</p>
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As causas do acidente, testemunhado por centenas de pessoas que assistiam ao festival que decorria na Quinta da Barreta, junto à aldeia de Boidobra, estão ainda por apurar, mas quem viu de perto a passagem da aeronave adianta que a queda pode ser sido causada por uma falha de motor.
O avião viajava no sentido Norte - Sul e "voou sobre a pista do aeródromo da Covilhã a baixa velocidade", contou Carlos Seabra, participante no festival, que testemunhou a queda. "Depois afastou-se cerca de 1,5 quilómetros, subiu e quando desceu, virando sobre a asa direita, deu-me ideia que o motor foi abaixo. Vejo-o a cair a pique e pensei que fosse alguma acrobacia", acrescentou.
O mesmo testemunho recordou que a areonave caiu numa zona com muita vegetação, o que, observou, "pode ter ajudado a que tudo se tenha passado muito bem, além do elevado nível da pilotagem".
O local onde se deu o despenhamento foi isolado para que os destroços possam agora ser analisados por elementos do Instituto Nacional de Aviação Civil INAC).
O JN apurou que tudo aconteceu pouco depois das 16.30 horas, quando o Chipmunk, uma aeronave histórica da aviação portuguesa que pertence agora a um clube suíço, sobrevoava o recinto do festival. De acordo com os testemunhos recolhidos, ouviram-se ruídos anormais provenientes do motor do avião, que começou a perder altitude de forma repentina.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã adiantou ao JN que a aeronave caiu quando se preparava para aterrar e que os dois tripulantes saíram pelo próprio pé, sem grandes mazelas.
Quando a primeira viatura dos Bombeiros Voluntários da Covilhã chegou ao local, os dois tripulantes já estavam fora do avião. "Estavam conscientes, tinham escoriações, não havia feridas incisivas e, em princípio, não havia fracturas. Ainda assim foram tratados como feridos politraumatizados e levados para o Hospital Pêro da Covilhã", adiantou José Flávio, comandante da corporação. João Gomes, director clínico do Centro Hospitalar da Cova da Beira, adiantou ao JN que tanto o piloto como a jornalista, na casa dos 30 e 20 anos, respectivamente, sofreram apenas escoriações.
O Núcleo de Estudantes de Aeronáutica, responsável pela organização do festival recusou-se a prestar declarações sobre o acidente até à inspecção do INAC.
* com Lusa
