O coordenador do Ministério Público (MP) na Madeira, Gonçalves Pereira, disse ontem que aquele órgão está a investigar o caso da queda da palmeira, domingo, durante o comício do PSD, podendo vir a deduzir uma acusação de "homicídio por negligência".
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“Se for possível responsabilizar alguém pela omissão de um dever de cuidado de que tenha resultado uma morte”, o MP pode vir a acusar “os responsáveis por um crime de homicídio negligente”, esclareceu à Lusa o coordenador do Ministério Público da Madeira.
O magistrado não pretende avançar para já muitos dados sobre o caso, afirmando está a basear as declarações naquilo que tem observado nos diversos órgãos de comunicação social, dado que se encontra de férias.
“Neste momento o que nós temos é a denúncia da morte violenta de uma cidadã em consequência da queda de uma árvore e há que investigar se houve alguma actividade humana que possa ter contribuído para isso”, reforçou.
Por sua vez, o presidente da Câmara do Porto Santo afirmou ontem, em conferência de imprensa, “os técnicos garantiram que não existia perigo de queda” da palmeira que tombou durante o comício.
O autarca salientou que este “assunto está a ser acompanhado pelas entidades competentes”, pelo que o município “entende que não pode nem deve perturbar o andamento das investigações em curso, cuidando antes que esses trabalhos se desenrolem num clima da mais perfeita normalidade”.
Os dois feridos internados no Funchal, mantêm-se com “prognóstico reservado, em coma induzido”, informou ontem director clínico do hospital Nélio Mendonça.
A mulher de 44 anos está estável, em situação de “menos risco que o filho, o outro ferido, que registou ligeiras melhoras que não significativas”.