<p>Um homem, com 36 anos, morreu anteontem à noite ao tentar amarrar um cabo a um poste de iluminação na EN14, junto às pirâmides,no centro da Maia. O poste cedeu e caiu na estrada. A vítima deixa um filho recém-nascido. </p>
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O trabalhador, residente na Maia, estava em cima de um escadote a tentar amarrar ao poste de iluminação um cabo do sistema de som das Festas do Concelho, que decorrem até dia 13 no centro da cidade. Fazia o serviço para uma empresa que ficou encarregue de fazer a montagem do sistema de som da festa, em troca de publicidade, adiantou ao JN fonte da organização das festas.
O poste cedeu porque "estava podre, a base estava completamente oxidada", referiu a mesma fonte, que esteve no local pouco depois do acidente. O JN tentou contactar a EDP, mas não conseguiu obter uma resposta.
Quando os meios de socorro chegaram ao local, o trabalhador já estava morto. Permanecia a dúvida se a morte foi provocada pela queda ou por electrocussão.
Segundo a mesma fonte, dois ou três carros ainda passaram por cima do poste, sem danos de maior. Um deles era conduzido por uma médica que, apercebendo-se do acidente, parou e tentou socorrer o trabalhador, mas já não conseguiu reanimá-lo. O alerta foi dado para o 112 às 23 horas.
A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Pedro Hispano, uma ambulância do INEM da Maia e os Bombeiros de Moreira da Maia chegaram ao local em poucos instantes, mas já não houve nada a fazer. A vítima, que acabara de ser pai há dias, foi posteriormente transportada para o Instituto de Medicina Legal do Porto. A autópsia determinará a causa da morte. Ontem de manhã, ainda se viam no local as marcas do acidente. O escadote usado para subir ao poste permanecia caído sobre os arbustos que ladeiam a EN14, no sentido Porto/Maia. O poste já tinha sido removido do local.
Os momentos após o acidente foram presenciados por dezenas de pessoas que estavam na Avenida Visconde de Barreiros, no centro da Maia, a participar nas festas da cidade. "Estava muita gente na rua. De repente, ouviu-se um estrondo e quando olhámos por cima da ponte [viaduto sobre a EN14] vimos o rapaz no meio da estrada, já sem reacção", contou ao JN, um vendedor de uma barraquinha de pipocas.