A Queima das Fitas do Porto teve um impacto económico de 28 milhões na cidade. Na antecâmara de mais uma semana de festa da Academia, entre 4 e 11 de maio, um estudo de dois investigadores da Faculdade e Economia demonstra a importância das várias atividades para a dinâmica do Porto.
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Se, conforme admite o presidente da Federação Académica do Porto, "a cidade não tem noção da importância da Queima das Fitas para a economia", aí está um estudo que relembra aquilo que, segundo o mesmo responsável, os comerciantes nunca esquecem: "É absolutamente inequívoca a importância para a economia em geral, e para a área geográfica em particular, do maior evento académico do Norte do país". O diagnóstico assinado por Paulo Mota e Rui Henrique Alves, da Faculdade de Economia do Porto, indica que a Queima das Fitas de 2023 movimentou 28 milhões de euros. "O evento cria um dinamismo económico incomparável na cidade. É o segundo maior evento, depois do São João, e dura 8 dias", lembra Francisco Porto Fernandes, líder da Federação Académia do Porto (FAP).
O impacto económico mede os efeitos diretos, indiretos e induzidos das diversas atividades ligadas à Queima das Fitas. As noites do Queimódromo (recinto para 40 mil pessoas), o cortejo académico da Baixa (que terá atraído cerca de 400 mil pessoas), a Serenata e a Bênção das Pastas foram, como é tradicional, os momentos mais significativos. E que geraram mais transações económicas e financeiras, mas é preciso recordar que todo o tecido económico do Porto ganha. Aliás, 60% dos 28 milhões de euros dizem respeito aos efeitos indiretos e induzidos, ou seja, fornecedores e cadeias de produção não especificamente ligadas à organização e aos participantes. Só 40% do impacto económico liga-se "a despesas em bens e serviços efetuadas pela FAP para a realização da Queima e pelos participantes nas diversas atividades".