A euforia estudantil voltou a invadir o Queimódromo do Porto para mais uma noite de festa.
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A euforia estudantil voltou a invadir o Queimódromo do Porto para mais uma noite de festa. Na quarta-feira, as portas abriram-se por volta das 20 horas, para um ambiente que se fez sentir pela madrugada dentro: barracas cheias, copos erguidos, sorrisos e muita dança ao som dos concertos de WIU e T-Rex, que marcaram o ritmo da multidão.
Apesar da euforia, as celebrações trazem um sabor agridoce aos finalistas que, de cartola e bengala coloridas na mão, já sentem saudades da vida de estudante, "a melhor coisa do mundo". "É muito nostálgico, é um sentimento de etapa concluída. Procuramos estar aqui todos os dias porque queremos aproveitar isto ao máximo, é a nossa última Queima", contam Renata e Inês, finalistas do curso de Gestão.
Ao balcão da barraca da FEUP, Vasco Reis confessa que "foi um ano de trabalho árduo e agora é aproveitar ao máximo". O finalista de Engenharia destaca uma "segurança ótima" por parte da organização, "barracas incríveis" e um "cartaz ótimo". A quem nunca foi à Queima, deixa o convite: "Sei que há muito pessoal universitário que não gosta de sair, mas deem-lhe uma chance, o ambiente é incrível, o pessoal é incrível e fazem-se aqui amizades para a vida".
Para os lados da barraca do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP), onde reinam o azul e o vermelho, ("e nunca o vermelho e o azul"), encontramos Margarida Rodrigues, Andreia Moreira e Beatriz Amorim. Para as três estudantes, a novidade assume papel principal, nesta que é a primeira vez a pisar o recinto da Queima. "Está a ser uma experiência incrível. Muito cansativa, mas estamos a divertir-nos imenso", contam ao JN. Apesar do interesse pelos concertos da noite, não foi a música a razão principal que as levou ao Queimódromo, mas sim o "convívio e a expectativa de criar ligações com as pessoas".
Na festa aos 76 anos
WIU foi o primeiro a subir a palco. A monotonia não teve lugar no concerto do artista brasileiro, que levou a extensa plateia a cantar em uníssono e a exibir os seus melhores passos de dança ao longo de mais de uma hora de atuação. O público vibrou ao som de músicas como "Coração de Gelo" e "Felina", e de outros sucessos do cantor.
Mais tarde, enquanto T-Rex se preparava para uma atuação que se estendeu para além da uma da manhã, o JN falou com Célia Lino. Aos 76 anos, trabalha na rulote da filha, e prova que a Queima também é lugar para os mais velhos. "Este é o quarto ano que a minha filha vem. No primeiro ano não vim, mas a partir daí tenho vindo sempre. Às vezes perguntam-me se a música não me incomoda, mas eu gosto. No final de contas, gosto muito de estar com jovens, eles são simpáticos e eu gosto de vir com eles", afirma. Célia refere também a segurança reforçada na edição deste ano: "Está tudo mais sereno, a organização é muito boa".
A festa seguiu com um ritmo intenso até às 6 da manhã, entre atuações no palco secundário, animação nas barracas e muitas "cartoladas" e "bengaladas".