Rapaz de 13 anos e jovem adulto encontrados mortos em naufrágio ao largo de Troia
Uma criança de 13 anos e um homem na casa dos 20 anos foram encontrados mortos depois de a embarcação em que seguiam ter naufragado, este domingo, na zona de Troia, no concelho de Grândola (Setúbal). Há ainda dois desaparecidos.
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O capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, explicou à Lusa que "a embarcação de recreio terá naufragado pelas 7 horas, a cerca de milha e meia de Troia". "Mas só tivemos o alerta por volta das 10 horas", acrescentou o responsável da Polícia Marítima. A embarcação, de acordo com o mesmo responsável, ter-se-á virado quando foi alvo de "um golpe de mar, que fez com que os passageiros tivessem sido 'cuspidos' para a água". Terá partido da zona de Sol Troia, para a prática de pesca desportiva.
Segundo a Polícia Marítima, o timoneiro, de 62 anos, foi resgatado com vida. Não estava a usar colete e sobreviveu porque se conseguiu agarrar a uma das balsas da embarcação que afundou. "Foi resgatado por uma embarcação que se encontrava nas proximidades", informou a Autoridade Marítima Nacional, que assinalou ainda que o Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio. Será ouvido no âmbito da investigação ao incidente.
Inicialmente, havia quatro desaparecidos, um homem de 45 anos, o filho com 13 anos e dois outros jovens de 21 e 23 anos, irmãos, mas sem relação de parentesco com as outras vítimas. Apesar de o responsável da Polícia Marítima de Setúbal ter inicialmente referido que as cinco pessoas eram da zona de Santiago do Cacém, fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral afiançou entretanto à Lusa que os dois irmãos "eram naturais e residentes em Cadoços, Grândola".
Uma primeira indicação dava conta de que os corpos de pai e filho teriam sido recuperados ao início da tarde desta domingo, mas a informação foi corrigida, tratando-se afinal de uma das vítimas com cerca de 20 anos e a criança. Ambas as vítimas estavam "nas proximidades da embarcação afundada", disse Serrano Augusto à Lusa. A criança estaria a usar colete salva-vidas quando se deu o acidente.
Segundo a AMN, as buscas pelas duas pessoas que ainda se encontram desaparecidas no mar prosseguem e estão a ser coordenadas pelo capitão do porto e comandante-local da Polícia Marítima de Setúbal. No mar, estão empenhadas uma embarcação da Polícia Marítima de Setúbal e duas embarcações das Estações Salva-vidas de Sesimbra e Sines.
"A efetuar buscas por terra estão ainda elementos da Polícia Marítima, dos Bombeiros Voluntários de Grândola e da GNR da Comporta", acrescentou. A AMN disse que também colaboram nas buscas drones do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), um navio da Marinha Portuguesa e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa.
As buscas da equipa do Grupo de Mergulho Forense, da Polícia Marítima, realizadas junto à embarcação afundada, terminaram sem se encontrar mais vítimas.